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China e matérias-primas penalizam bolsas dos EUA

Os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram em baixa, a acompanharem a tendência das restantes praças mundiais. As moedas dos países exportadores de matérias-primas desvalorizaram face ao dólar, perante sinais de debilidade da economia chinesa que reavivaram receios de uma desaceleração global.

08 de Dezembro de 2015 às 21:14
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O Dow Jones fechou nesta terça-feira a recuar 0,92% para 17.568,00 pontos, e o Standard & Poor’s 500 cedeu 0,6% para 2.063,75 pontos – naquela que foi a quarta queda em cinco sessões.

 

O índice tecnológico Nasdaq Composite, por seu turno, desvalorizou 0,79% para 5.101,81 pontos.

 

Os preços do crude continuaram em queda, com o Brent do Mar do Norte – que serve de referência às importações europeias – em mínimos de quase sete anos e a quebrar a fasquia dos 40 dólares por barril no mercado londrino, ao passo que o "benchmark" dos EUA, o West Texas Intermediate, negoceiou mesmo abaixo dos 37 dólares por barril.

 

A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), na passada sexta-feira, de não anunciar formalmente uma quota de produção – relegando essa decisão para a reunião de Junho do ano que vem – e de oficializar a produção actual dos seus membros tem estado a penalizar as cotações da matéria-prima, isto porque o plafond actual era de 30 milhões de barris por dia mas o cartel tem produzido em torno de 31,5 milhões de barris diários.

 

Ou seja, apesar de a OPEP não ter anunciado um aumento do seu tecto de produção, o certo é que viabilizou os actuais níveis dos seus membros que superam em 1,5 milhões de barris por dia a meta que estava definida.

 

Com o afundar das cotações do crude, os títulos das empresas ligadas ao sector energético têm estado a perder bastante terreno em todo o mundo, o que contagia as restantes matérias-primas. Aliás, os renovados receios de um abrandamento económico mundial, depois dos novos dados decepcionantes da China (as importações diminuíram pelo 13º mês consecutivo), levaram também à desvalorização das moedas nas nações exportadoras de "commodities", pelo que o sector esteve sob forte pressão e a colocar-se em mínimos de 2009.

 

A coroa norueguesa, por exemplo, caiu para o nível mais baixo desde Abril de 2002 face ao dólar, ao passo que o dólar canadiano desceu para um mínimo de 11 anos. O dólar australiano registou a maior queda do último mês e o rand sul-africano mergulhou para um mínimo histórico.

 

Além das matérias-primas, também os títulos ligados à indústria estiveram hoje no vermelho, com a Caterpillar e a Boeing a perderem mais de 2%. A mineira Freeport-McMoRan recuou mais de 5%.

 

Os investidores continuam bastante prudentes enquanto aguardam pela decisão da Reserva Federal norte-americana, no próximo dia 16, relativamente à sua política monetária – com os operadores inquiridos pela Bloomberg a apontarem para uma probabilidade média de 78% de a Fed iniciar a subida dos juros já este mês.

 

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