Notícia
CEO da Euronext: "Em momentos de queda dos mercados os investidores preferem empresas com 'governance' forte"
O presidente da bolsa considera que há uma correlação entre empresas com modelos de governo das sociedades fortes e retornos accionistas.
Há cada vez mais accionistas que, antes de investir, procura garantir que está a apostar em empresas que seguem boas práticas. E, segundo o presidente da bolsa de Lisboa, empresas com um governo das sociedades forte tendem a gerar retornos mais elevados a longo prazo. Mas é em momentos de queda das bolsas que a diferença de desempenhos é maior.
"No longo prazo, o valor do return on equity em empresas com um 'governance' forte parece ser superior", argumentou Paulo Rodrigues da Silva, na conferência organizado pelo Instituto Português de Corporate Governance, a decorrer em Lisboa. De acordo com o mesmo responsável, que citou vários estudos publicados sobre este tema, "em quedas do mercado, os accionistas preferem empresas com governança mais forte".
Pelo contrário, quando as bolsas atravessam momentos de expansão, as empresas com modelos de governação mais fracos apresentam desempenhos mais elevados. Mas contabilizando períodos longos, o balanço é negativo para estás empresas.
Em relação aos temas de governance com impacto no retorno accionista, o presidente da bolsa destaca que questões como a independência do conselho de administração e a dia diversificação, bem como, no caso de empresas familiares, existir um maior número de pessoas que não são da família, ou a política de remuneração tendem a influenciar o retorno no mercado accionista.