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CaixaBI dá potencial de 20 a 30% ao PSI-20. REN, Semapa e Sonae são as preferidas

Os analistas acreditam que as cotadas têm potencial para recuperar em 2021, depois de um ano marcado pela pandemia da covid-19.

A bolsa portuguesa destaca-se com uma escalada de 20% em menos de mês e meio.
Miguel Baltazar
14 de Janeiro de 2021 às 16:38
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Os analistas do CaixaBI atualizaram as suas avaliações para a bolsa portuguesa em 2021. As estimativas do banco de investimento atribuem um potencial de subida ao PSI-20 que oscila entre 20% e 30% nos próximos 12 meses, sendo que a REN, Semapa e Sonae são as empresas preferidas para investir na bolsa nacional, em 2021.

Depois de um ano marcado pela covid-19, que afetou negativamente a maioria dos setores, os analistas do CaixaBI antecipam que "a política monetária deverá manter-se expansionista nas principais economias de modo a suportar a retoma da atividade depois da pandemia, usando taxas de juro próximas de zero e um conjunto de instrumentos pouco convencionais, com impactos positivos nos custos de financiamento dos governos, companhias e famílias".

Os especialistas acreditam, assim, que as cotadas europeias têm potencial para recuperar em 2021 e, no caso da bolsa lisboeta, o CaixaBI espera que "o PSI-20 tenha um potencial de subida entre 20% e 20% em 2021", partindo das avaliações para as 12 cotadas do índice acompanhadas pelo banco de investimento.

REN, Semapa e Sonae são as "top picks"

Das 12 companhias que acompanha, REN, Semapa e Sonae recolhem a preferência dos especialistas para investir este ano.

No caso da REN, os analistas, que avaliam a empresa com um "target" de 3,15 euros, destacam o perfil defensivo do título com resultados previsíveis, bem como um dividendo atrativo e uma política de remuneração clara.

"Mantemos uma visão positiva para a história da ação da REN, apresentando um perfil defensivo com ganhos visíveis e previsíveis, e um enorme sucesso na gestão da dívida e corte de custos financeiros para compensar o declínio na remuneração dos ativos", escreve o analista João Miguel Lourenço, no "research" a que o Negócios teve acesso.

O dividendo é outro dos pontos fortes realçados no caso de investimento da REN, com o especialista a realçar que a empresa apresenta um retorno de dividendo de 7,2%, um dos mais elevados entre os seus pares, com a administração a comprometer-se com um dividendo constante de 0,171 euros até 2021.

Do lado dos riscos, o destaque vai para a incerteza em torno da contribuição extraordinária sobre o setor da energia (CESE), cuja eliminação "deverá ser um importante catalisador para a ação".

Sonae: Da liderança no retalho ao dividendo da Nos

A Sonae SGPS é outra das empresas eleitas para apostar na bolsa este ano. Os analistas realçam, em primeiro lugar, a posição de liderança no setor do retalho alimentar em Portugal, com os analistas a preverem que a Sonae MC deverá continuar a ser o principal motor de crescimentos das receitas, na medida em que o retalho alimentar beneficiou de um crescimento da procura durante o período da pandemia.

"A Sonae tem outros negócios no seu portefólio que não têm esse tipo de resiliência, nomeadamente Sonae Sierra e Sonae Fashion, que devem continuar a ser afetados pela relutância das pessoas em visitar centros comerciais e lojas físicas enquanto a pandemia ainda estiver ativa", acrescenta Artur Amaro.

Já a exposição ao dividendo da Nos, através da posição dominante que a Sonae mantém na operadora, é um ponto de interesse.

"A Sonae tem um balanço, que deve beneficiar com a forte geração de fluxo de caixa esperada para os próximos anos e o recebimento de dividendos da NOS, também uma proposta de investimento defensiva neste contexto", remata o analista.

Semapa eleita para ganhar exposição à Navigator

A fechar a lista de "top picks" para 2021 está a Semapa. A "holding" que detém a Navigator é escolhida, por um lado, pela posição de domínio que exerce na papeleira, e, por outro, pelas perspetivas de retoma no setor do cimento.

"A Semapa reportou um conjunto robusto de resultados nos primeiros nove meses do ano, sustentado por um forte terceiro trimestre tanto no negócio da pasta e do papel (Navigator) como no negócio do cimento", refere o CaixaBI.

Em relação ao setor do cimento, o banco de investimento escreve que assistimos a um forte desempenho quer no mercado interno, quer na atividade no Brasil, uma evolução que pode espelhar o que esperar do resto do ano.

Já a Navigator, dizem os especialistas, está a ser subavaliada pelo mercado, pelo que apresenta um ponto de entrada interessante um horizonte de médio prazo.

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