As praças europeias estão a negociar em alta pela terceira sessão consecutiva. O índice Stoxx 600, que reúne as 600 principais cotadas do “velho continente” está a subir 1,16% para 336,27 pontos.

Os 19 sectores do índice europeu estão a valorizar, com destaque para o sector da saúde, a somar 2,79%.

O sector farmacêutico está a ser o principal destaque desta sessão, num dia em que foi anunciada a aquisição da unidade de medicamentos de combate ao cancro da GlaxoSmithKine pela Novartis. Um negócio que deverá render 14,5 mil milhões de dólares (cerca de 10,5 mil milhões de euros). As acções da GlaxoSmithKine estão a subir 5,71% para 1.648 pence.

Ao mesmo tempo, a Novartis vendeu a área de negócio de vacinas, excepto a da gripe, à GlaxoSmithKine, por 7,1 mil milhões de dólares, mais “royalties”. As acções da Novartis estão a valorizar 2,21% para 76,35 francos suíços.

O índice inglês, FTSE, está a subir 1,04% para 6.693,89 pontos. O índice suíço, SMI, está a somar 0,79% para 8.441,57 pontos.

Ainda no sector farmacêutico, soube-se durante a pausa da bolsa no período da Páscoa que houve um processo negocial entre a Pfizer e a AstraZeneca. As empresas estão a atrair os investidores na primeira sessão de bolsa desde que se soube deste processo: as acções da AstraZaneca estão a valorizar 6,81% para 257,5 pence.

Os analistas consideram que os anúncios de fusões e aquisições neste sector estão a beneficiar o mercado: “o acordo Novartis-Glaxo e os rumores sobre uma possível aquisição da AstraZeneca pela Pfizer estão a dar um impulso ao sector farmacêutico nesta sessão”, refere o estratega da PFA Asset Management, Witold Bahrke.

Apesar das transacções, Bahkre considera que a tensão entre a Rússia e a Ucrânia vai manter a incerteza no mercado: “o mercado deverá continuar em modo iô-iô, com subidas e descidas devido à continuada incerteza geopolítica”, explica, citado pela Bloomberg.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está reunido em Kiev com vários elementos do Governo provisório ucraniano.

Apresentações de resultados

A empresa de elevadores Schindler anunciou uma subida de 8,8% das receitas no primeiro trimestre de 2014 para 2,05 mil milhões de francos suíços (cerca de 1,68 mil milhões de euros). Apesar disso, os lucros baixaram 3,6% para 160 milhões de francos suíços (cerca de 131 milhões de euros). As acções da Schindler estão a valorizar 2,28% para 134,6 francos suíços.

A holandesa Philips anunciou uma queda de 14,3% no resultado líquido do primeiro trimestre de 2014 para 138 milhões de euros. As receitas diminuíram 4,5% para 5,02 mil milhões de euros. As acções da Philips estão a deslizar 6,32% para 23,36 euros. O índice de Amesterdão, AEX, é a bolsa europeia com menor valorização, ao subir 0,3% para 397,95 pontos.

Em queda também estão as acções da Ingenico. A Morgan Stanley publicou um “research” sobre a empresa francesa de serviços de pagamento, recomendando a venda (“underweight”) dos títulos. As acções da Ingenico estão a perder 2,67% para 60,89 euros. Já o principal índice francês, o CAC, está a valorizar 0,97% para 4.475,00 pontos. 

Os títulos da Nokia estão a valorizar 2,45% para 5,445 euros, depois de ontem a Microsoft ter anunciado que a compra da empresa finlandesa de telemóveis será finalizada na próxima sexta-feira, 25 de Abril, por 7,2 mil milhões de dólares.

Nas restantes praças europeias, o IBEX 35 (Espanha) está a somar 0,98% para 10.393,40 pontos, o DAX (Alemanha) está a valorizar 1,30% para 9.532,34 pontos e o MIB (Itália) está a subir 0,69% para 21.762,82 pontos.