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Bolsas dos EUA sobem após dados económicos
A economia americana cresceu 2,4% no primeiro trimestre, menos do que o previsto. E os pedidos de subsídio de desemprego cresceram, quando se esperava uma queda. Dados que aliviam os receios de que a Fed retire os incentivos à economia.
O Dow Jones sobe 0,46% para 15.373,71 pontos e o Nasdaq avança 0,65% para 3.490,51 pontos.
O Dow Jones recuperou da sua maior queda em quatro semanas, numa altura em que os dados do crescimento económico e dos pedidos do subsídio de desemprego impulsionaram a especulação de que a Reserva Federal iria manter os estímulos.
“O que se retira das estatísticas de hoje é que continuará a haver uma inclinação para manter a expansão monetária”, afirmou Matthew Kaufler, director de fundos da Federated Investors. “Enquanto a percepção existir, será positivo para os activos financeiros. É por isso que vemos a propensão para um aumento dos preços”.
Também o S&P afundou 1,1% na semana passada, depois do presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, ter afirmado que o banco central poderia reduzir os estímulos monetários, caso fossem encontrados sinais de crescimento sustentado na economia. Os dados desta semana revelam que a confiança dos consumidores aumentou para os níveis mais altos desde 2008, bem como o preço das casas, para máximos de sete anos, indicando que a maior economia do mundo está novamente a crescer.
Os gastos dos consumidores norte-americanos registaram, no primeiro trimestre, o maior ganho desde o final de 2010 e levaram o PIB a crescer 2,4%. Ainda assim esta expansão foi ligeiramente inferior à primeira estimativa do Departamento do Comércio devido aos cortes na despesa pública e ao abrandamento do sector da construção. A primeira leitura do PIB apontava para um crescimento de 2,5%.
Os pedidos de subsídio de desemprego aumentaram, nos EUA, em cerca de 10.000 na semana passada, para 354.000, segundo o Departamento do Trabalho de Washington, citado pela Bloomberg. A previsão dos economistas consultados pela agência apontava para 340.000 pedidos. Contudo, os números não estão completos, uma vez que devido ao feriado do “Memorial Day”, esta segunda-feira, impediu que cinco Estados pudessem ter realizado a contagem completa.
O número de casas à venda nos Estados Unidos terá aumentado 1,5% no mês passado, igualando o aumento de Março, segundo as previsões dos analistas da Bloomberg.
As bolsas dos EUA encerraram a última sessão em queda, com os investidores a reflectirem receios em torno de um corte na compra de obrigações por parte da Reserva Federal (Fed), isto numa altura em que os indicadores económicos têm apontado para uma recuperação da economia americana.