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Bolsas chinesas em alta pela segunda sessão consecutiva
O Shanghai Composite Index, o principal índice da praça chinesa, encerrou a subir 4,5%. É a segunda sessão consecutiva de ganhos. As medidas introduzidas pelas autoridades chinesas estarão a conseguir acalmar os receios dos investidores.
As bolsas chinesas estiveram esta sexta-feira, pela segunda sessão consecutiva, em terreno positivo, aliviando parte das quedas recentes. O Shanghai Composite Index, o principal índice da praça chinesa, encerrou a valorizar 4,5%.
O Hang Seng China Enterprises Index avançou 3,8% em Hong Kong e o Hang Seng Index cresceu 2%.
Esta evolução tem lugar depois de as autoridades chinesas terem introduzido uma série de medidas para travar a venda acentuada de acções. Na última quarta-feira, o regulador chinês proibiu a venda de acções por accionistas qualificados. Os investidores com posições qualificadas em cotadas chinesas estão proibidos de reduzir a sua posição por um período de seis meses. Antes desta medida ter sido apresentada, as autoridades determinaram que todas as ofertas públicas iniciais (IPO) agendadas para o mercado chinês foram canceladas. Além disso, de acordo com a Bloomberg, Pequim revelou ontem que os bancos podem prolongar (roll over) os empréstimos garantidos por acções.
Estas desvalorizações recentes tiveram lugar depois das praças chinesas terem duplicado de valor nos primeiros cinco meses do ano, o que fomentou a especulação de que se estava a formar uma "bolha" e as bolsas caíram cerca de 30% desde Junho. As medidas que Pequim introduziu parecem, no entanto, estar agora a conseguir acalmar os receios dos investidores levando as praças aos ganhos.
"As medidas introduzidas pelas autoridades precisavam de algum tempo para terem efeito no mercado e parece que começaram finalmente a mostrarem resultados", afirmou à Bloomberg Gerry Alfonso, da Shenwan Hongyuan, em Xangai.
Samuel Chien, partner do hedge fund BoomTrend Investment Management, explicou à Reuters que "os investidores chineses movem-se em manadas". "Depois do pânico ter levado o mercado para baixo, os preços estão agora a começar a mover-se em outra direcção", afirmou.