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Fortes quedas na banca levam bolsa nacional a perder quase 1%
A bolsa nacional inverteu a tendência de ganhos da abertura e encontra-se agora a recuar 0,86% com uma forte pressão da banca, em especial BCP e BES que recuam mais de 3%.
O PSI-20 está a recuar 0,86% para 5.404,96 pontos, depois de ter iniciado a sessão a subir. Das 20 cotadas, 12 estão a cair, sete a subir e uma negoceia inalterada.
O principal sector que está a pressionar a bolsa nacional é a banca, com o BES a recuar 4,31% para 0,599 euros e o BCP a depreciar 3,26% para 0,089 euros. Também o BPI desliza 3,08% para 0,881 euros e o Banif cede 2,04% para 0,096 euros.
A forte valorização desde meados do ano passado elevou o peso do sector financeiro para quase 20% do PSI-20. A promoção do ESFG, efectiva a partir de hoje, vem acentuar a presença da banca no índice principal. A Novabase, que saiu do índice, cai 0,85% para 2,33 euros.
A bolsa nacional está cada vez mais dependente do comportamento do sector financeiro. No espaço de apenas um ano, o peso da banca no índice de referência do mercado português duplicou, fruto da valorização expressiva dos títulos. BCP, BES, BPI e Banif têm já uma ponderação de quase 20% no PSI-20. A entrada do ESFG, que vem substituir a Novabase, dá mais força a este sector, tornando Lisboa ainda mais dependente da evolução dos juros da dívida de Portugal.
O sector energética também inverteu a tendência, e, a seguir à banca, é o que mais pressiona o índice. Galp Energia e EDP Renováveis seguem agora a depreciar 0,64% e 1,64% para 11,72 euros e 3,59 euros, respectivamente.
A impedir maiores quedas do índice nacional está a PT, que aprecia agora 0,83% para 2,907 euros, e a Semapa, que avança 2,47% para 6,593 euros.
Este Sábado, a "Folha de São Paulo" noticiou que os accionistas que controlam a PT e a Oi estão a negociar uma união, que passará por uma fusão, sem dar lugar a “desembolsos” aos restantes accionistas.
O jornal brasileiro dá conta que estará já tomada a decisão de “unir forças” entre as duas empresas, para a criação de uma operadora presente nos países de língua portuguesa com 101 milhões de clientes e receitas anuais de 64 mil milhões de reais (21,5 mil milhões de euros).
No resto da Europa, a Vodafone chegou a acordo para a compra da Kabel Deutschland, por 10,1 mil milhões de dólares, cerca de 7,7 mil milhões de euros, e é expectável que o sentimento de confiança alemão venha a aumentar em Junho, 0,2 pontos base, de acordo com a média dos analistas inquiridos pela Bloomberg.