O PSI-20 terminou a sessão desta quinta-feira, 12 de Março, a apreciar 0,83% para 5.719,85 pontos, com 14 cotadas em alta, três em queda e uma inalterada, num dia em que as principais praças do Velho Continente negoceiam sem um sentimento definido.

Nota ainda para o euro que depois de na quarta-feira ter sido transaccionado nos mercados cambiais em mínimos de 2003 face ao dólar, esta quinta-feira segue a somar 0,51% para 1,06 dólares.

Destaque ainda para as declarações de Benoît Cœuré, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE), que esta quinta-feira revelou que a instituição liderada por Mario Draghi comprou 9,8 mil milhões de euros em títulos de dívida pública em apenas três dias, no âmbito do programa de compra de dívida soberana - alívio quantitativo - que poderá levar a que a autoridade compre 60 mil milhões de euros por mês em dívida.

De acordo com as agências Bloomberg e Reuters, o BCE autorizou mais um aumento de 600 milhões de euros na Assistência de liquidez de Emergência (ELA, na sigla em inglês) à Grécia, elevando assim o limite máximo de fundos a ceder à banca helénica de 68,8 para 69,4 mil milhões de euros. A bolsa grega fechou a sessão de hoje a descer 0,21%.

Num dia de ganhos generalizados, a Mota-Engil foi uma das cotadas que mais valorizou tendo fechado a sessão a apreciar 1,75% para 3,49 euros. Ainda na construção, a Teixeira Duarte acabou o dia a crescer 0,38% para 0,795 euros.

Nota positiva também para o sector da banca. O BPI fechou a ganhar 2,13% para 1,439 euros, numa altura em que a empresária angolana Isabel dos Santos estará a fazer pressão para que Fernando Ulrich responda à proposta de fusão com o BCP apresentada pela filha do presidente de Angola.

Entretanto, terá de se aguardar até meados de Abril para que o BCE e Bruxelas emitam pareceres favoráveis à oferta pública de aquisição (OPA) apresentada pelos catalães do CaixaBank sobre o BPI.

Continuando na banca, o BCP somou ligeiros 0,11% para 0,088 euros, enquanto o Banif fechou inalterado nos 0,0079 euros.

Dia de ganhos também para o sector da energia. A EDP avançou 0,80% para 3,407 euros, já depois de ter sido avançado que António Mexia, presidente da empresa, irá substituir Ana Maria Fernandes na liderança da EDP Brasil para que esta possa "assumir novas funções no grupo EDP", segundo pôde ler-se num comunicado ao mercado feito pela filial brasileira da eléctrica portuguesa.

A EDP Renováveis acompanhou a tendência ao crescer 1,09% para 6,233 euros, tal como a Galp Energia que avançou 1,21% para 9,74 euros, assim recuperando parte das perdas registadas nas últimas sessões depois de ter revelado que pretende investir anualmente, em média, entre 1,2 e 1,4 mil milhões de euros entre 2015 e 2019. Um plano que representa uma redução face aos 1,3 a 1,5 mil milhões de euros anteriormente previstos para 2015. Isto num dia em que o preço do petróleo está em queda nos mercados internacionais, com o Brent do Mar do Norte, utilizado como referência para as importações nacionais, a recuar 0,42% para os 57,30 dólares por barril.

O sentimento no sector do retalho dividiu-se com a Sonae a apreciar 1,73% para 1,352 euros, enquanto a Jerónimo Martins deslizou 0,18% para 10,975 euros.

Nas telecomunicações a tendência também acabou por se dividir, com a Nos a ganhar 0,47% para 6,027 euros e a PT SGPS a perder 0,58% para 0,689 euros. 

Por fim, nota de destaque para o sector do papel. A Portucel encerrou a valorizar 0,80% para 4,15 euros, o que representa o valor mais alto de sempre da papeleira. Também os títulos da Semapa negociaram em máximos de 3 de Setembro de 2007, com a empresa a terminar o dia a ganhar 0,47% para 12,86 euros. Pelo seu lado e em sentido inverso, a Altri fechou a sessão a cair ligeiros 0,12% para 3,453 euros.

(Notícia actualizada às 17h55 com mais informações)