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Bolsa regressa aos ganhos com EDP e Jerónimo Martins em alta

A praça nacional inverteu da tendência de perdas e segue em alta, numa altura em que a EDP já sobe. A Jerónimo Martins também está a contribuir para a subida, numa altura em que o Montepio volta a apreciar mais de 4%.

Miguel Baltazar/Negócios
06 de Junho de 2017 às 10:24
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O PSI-20 sobe 0,19% para 5.288,06 pontos, com 12 cotadas em alta, seis em queda e uma inalterada. Entre os congéneres europeus a tendência é de quedas generalizadas, num dia em que a farmacêutica Roche se destaca ao perder mais de 4% depois de a empresa ter mostrado dificuldades para explicar os resultados de um estudo na área do tratamento do cancro da mama.

 

Na praça lisboeta, a EDP tem sido o destaque, depois de ontem ter caído mais de 2%, a reflectir os receios dos investidores em relação às suspeitas de corrupção que recaem sobre o presidente da eléctrica, António Mexia, e o presidente da EDP Renováveis, João Manso Neto, no âmbito de um processo de investigação sobre as compensações na energia. Os dois responsáveis foram mesmo constituídos arguidos.


As acções da EDP ainda iniciaram a sessão em queda, mas já inverteram dessa tendência e seguem a subir 0,57% para 3,185 euros, bem como a EDP Renováveis, que aprecia 0,09% para 6,935 euros. Envolvida neste processo está também a REN, com dois responsáveis arguidos no processo, que está a apreciar 1,59% para 2,877 euros.

 

Ainda no sector da energia, a Galp recua 0,37% para 17,645 euros, num dia em que os preços do petróleo regressam às quedas. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a perder 0,38% para 49,28 dólares, depois de ontem o petróleo ter acabado por registar uma queda pronunciada, com os investidores a reflectirem os receios em torno do excesso de fornecimento desta matéria-prima no mercado. 

A Jerónimo Martins também contribui para o sentimento positivo, ao ganhar 0,37% para 17,645 euros. Em alta estão também as acções do BCP, ainda que com uma subida muito ténue. Os títulos estão a apreciar 0,08% para 0,2366 euros.

 

Em destaque está, novamente, o Montepio, cujas unidades de participação estão a subir 4,18% para 0,648 euros, a beneficiar das notícias que dão conta da aproximação da Santa Casa ao Montepio. Ainda esta terça-feira, 6 de Junho, o Negócios adianta que comprar 10% do Montepio vai exigir que a Santa Casa mobilize quase 140 milhões. O investimento passará a representar mais de 18% do património da entidade liderada por Santana Lopes. Mesmo em parceria, entrar na banca aumentará risco da SCML.

 

A Mota-Engil, que está hoje a descontar o dividendo de 13 cêntimos que vai distribuir pelos seus accionistas, está a subir 0,26% para 2,687 euros. Se não fosse este ajustamento técnico, as acções da construtora estariam a subir mais de 5%, depois do Haitong ter emitido uma nota de análise onde revê em alta a avaliação da Mota-Engil em 25%. Apesar desta melhoria, o actual preço-alvo do Haitong está abaixo da cotação.

 

Máximos fora do PSI-20

A subida das cotadas que estão fora da principal montra bolsista de Portugal continua. Esta terça-feira já quatro empresas tocaram em máximos de, pelo menos, um ano.

 

A Teixeira Duarte está a subir 5% para 0,42 euros, tocando assim no nível mais alto desde Novemrbo de 2015.

 

A Impresa avança 0,32% para 0,316 euros, tendo já tocado nos 0,32 euros, o que corresponde ao nível mais alto desde Maio de 2016.

 

A Martifer também está a apreciar 3,01% para 0,376 euros, tendo negociado em máximos de Junho de 2015 (0,38 euros).

 

E, por fim, a SAG já tocou no nível mais alto desde Julho de 2015 ao negociar nos 0,22 euros.

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