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Bolsa portuguesa cai mais de 4% na pior semana desde Setembro de 2016
No quinto dia consecutivo a acumular perdas, a bolsa nacional encerrou a semana com a maior desvalorização semanal desde Setembro de 2016. O PSI-20 seguiu o rumo de quedas das principais praças europeias, com o aumentos das taxas de juro a pressionar.
O PSI-20 encerrou a sessão desta sexta-feira, 2 de Fevereiro, a perder 1,61% para 5.516,87 pontos, com 15 cotadas em queda, duas em alta e uma inalterada, no quinto dia consecutivo em que o principal índice nacional acumulou perdas. Nestas cinco sessões, o PSI-20 desvalorizou 4,36%, o que representa o pior ciclo semanal desde que em 16 de Setembro de 2016 fechou a semana a recuar perto de 5%.
A bolsa lisboeta transaccionou em mínimos de 3 de Janeiro durante a sessão de hoje, apagando os ganhos acumulados desde o início de 2018 em que o optimismo em relação ao reforço do crescimento económico da Zona Euro e da economia mundial potenciaram o optimismo dos investidores.
Na Europa também predominou o pessimismo, com a generalidade das praças europeias no vermelho. O índice de referência europeu Stoxx 600 também recuou pela quinta sessão seguida para mínimos de 2 de Janeiro. O índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias teve a pior semana (caiu 3%) desde a série semanal finda em 4 de Novembro de 2016.
O BCP destacou-se pela negativa com o banco liderado por Nuno Amado a recuar 1,93% para 0,3042 euros, isto no dia em que a filial polaca da instituição, o Bank Millennium revelou que voltará a não remunerar os accionistas apesar dos lucros de 681 milhões de zlotys (160 milhões de euros) em 2017.
O BCP caiu pela quinta sessão para uma desvalorização de 8,48% na semana (pior ciclo semanal desde Fevereiro de 2017). Ontem o BPI ter cortou a recomendação atribuída aos títulos accionistas do banco de "comprar" para "underperform", considerando que aqueles têm um limitado potencial de valorização.
Também a penalizar o sentimento em Lisboa esteve a Pharol que afundou 5,13% para 0,2035 euros, no quarto dia seguido em terreno negativo e numa sessão em que tocou no valor mais baixo (0,20 euros) desde Dezembro de 2016. A queda da Pharol aconteceu depois de a Oi ter cancelado a assembleia geral de accionistas que estava marcada para a próxima quarta-feira, 7 de Fevereiro. Nota negativa também para a Nos que terminou o dia a resvalar 1,76% para 5,315 euros.
Os sectores da energia e do retalho não escaparam à tendência. Na energia, a EDP resvalou 1,98% para 2,777 euros, a EDP Renováveis deslizou 0,21% para 7,07 euros, a Galp Energia caiu 1,83% para 15,265 euros e a REN recuou 1,20% para 2,478 euros. Já a Jerónimo Martins desvalorizou 1,49% para 16,865 euros e a Sonae perdeu 2,58% para 1,248 euros.
A travar maiores perdas em Lisboa estiveram apenas os CTT (+0,87% para 3,46 euros) e a Ibersol (+0,42% para 12 euros).
(Notícia actualizada às 16:55)