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Bolsa nacional recua pelo segundo dia pressionada pela Jerónimo Martins e EDP
O principal índice nacional transaccionou no vermelho pela segunda sessão seguida, seguindo o sentimento registado na Europa, isto no dia em que o BCE e o Banco de Inglaterra anunciaram a manutenção das taxas de juro. Em Lisboa foram as quedas da Jerónimo Martins, da EDP e dos CTT que mais pressionaram.
O índice PSI-20 fechou a sessão desta quinta-feira, 14 de Novembro, a recuar 0,51% para 5.356,12 pontos, com 11 cotadas em queda, seis em alta e uma inalterada, no segundo dia seguido de perdas para a bolsa lisboeta. O principal índice nacional acompanhou a tendência de quedas que predominou na Europa, com o índice de referência europeu Stoxx 600 a cair também pela segunda sessão consecutiva.
A excepção coube à praça bolsista grega cujo principal índice (FTASE) valorizou mais de 2% na sessão num dia em que o Banco Central Europeu confirmou que vai prolongar até Setembro o programa mensal de compra de activos.
A marcar o dia esteve ainda a decisão coincidente do BCE e do Banco de Inglaterra, com ambos os bancos centrais a anunciaram a manutenção das respectivas taxas de juro directoras.
No plano nacional, a Jerónimo Martins e a EDP foram as cotadas que mais penalizaram. A retalhista caiu 2,01% para 15,85 euros, tendo negociado em mínimos de 22 de Novembro, enquanto a eléctrica perdeu 1,13% para 2,897 euros.
O pessimismo alastrou-se às restantes cotadas dos sectores do retalho e da energia. A Sonae resvalou 1,31% para 1,126 euros, isto numa sessão em que o grupo da Maia até tinha chegado a negociar novamente em máximos de Outubro de 2016 ao tocar nos 1,16 euros por acção. Já a Galp Energia deslizou 0,45% para 15,66 euros e a REn recuou 1,03% para 2,405 euros.
A excepção foi a EDP Renováveis que avançou 0,97% para 6,686 euros no mesmo dia em que a cotada comunicou à CMVM ter vencido um leilão de longo prazo para 248,4 megawatts (MW) de energia eólica no Canadá.
Também a pressionar esteve a Pharol e os CTT. A antiga PT SGPS caiu 10,10% para 0,258 euros, numa sessão em que transaccionou no valor mais baixo (0,255 euros) desde 24 de Maio. A justificar a forte desvalorização da Pharol está o novo plano de recuperação judicial da operadora de telecomunicações brasileira Oi, detida em mais de 20% pela empresa portuguesa, que a concretizar-se implicará uma diluição da posição da antiga PT SGPS na cotada brasileira. Em sentido inverso, a Nos somou 1,06% para 5,635 euros.
Já os CTT caíram 3,76% para 3,33 euros, ajustando face aos ganhos acumulados nas últimas sessões.
O destaque pela positiva vai para a Semapa que apreciou 2,07% para 17,725 euros, numa sessão em que a cotada atingiu um novo máximo histórico ao negociar nos 17,935 euros por acção. No restante sector do papel o sentimento dividiu-se, já que a Altri perdeu 0,60% para 5,43 euros e a Navigator cresceu 0,25% para 4,33 euros.
(Notícia actualizada às 16:55)