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Além de produzir energia solar, Bondalti vai armazená-la com baterias da EDP

As duas novas baterias de 12 MW complementam as duas centrais solares instaladas pela EDP no Complexo Químico de Estarreja entre 2018 e 2020. Ao todo foram instalados mais de 4.400 painéis que permitem produzir anualmente mais de 3.000 MWh de energia renovável.

João de Mello é o CEO da Bondalti Pedro Ferreira
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A elétrica EDP e a Bondalti, grupo português a operar no setor da indústria química, anunciaram esta quinta-feira um acordo para instalar duas baterias com uma potência total de 12 MW. para armazenar energia renovável para autoconsumo na unidade industrial de Estarreja. Este novo sistema de armazenamento vai assim complementar a produção local de energia solar descentralizada já levada a cabo pela Bondalti nos terrenos da empresa, permitindo que a eletricidade excedente seja guardada e consumida fora do horário de exposição solar.

Acima de tudo, o projeto permitirá "o acesso fiável a energia a preços competitivos na ausência de produção energética eólica ou solar, garantindo o funcionamento contínuo das unidades industriais" do Complexo Químico de Estarreja, refere a EDP. Consumidor eletrointensivo, a Bondalti quer ter 100% do seu consumo de energia elétrica 100% a partir de fontes renováveis até 2030. 

Estas duas baterias complementam as duas centrais solares instaladas pela EDP entre 2018 e 2020 nos terrenos da Bondalti, com uma capacidade combinada de 2 MWp. Ao todo foram instalados mais de 4.400 painéis que permitem produzir anualmente mais de 3.000 MWh de energia renovável.

"Com uma capacidade de armazenamento de 12 MWh, as baterias são capazes de carregar e descarregar eletricidade em apenas uma hora, garantindo flexibilidade e resposta imediata às necessidades energéticas da Bondalti. Este é o primeiro projeto do género em Portugal e uma das apostas da EDP para apoiar a descarbonização dos clientes empresariais e residenciais nos próximos anos", refere a empresa em comunicado.

De acordo com a EDP, a instalação das baterias elétricas na unidade industrial da Bondalti foi realizada através de um sistema de módulos (alojados em contentores, o que permite que sejam movidos) - cada um com 2 MWh - "o que permite maior flexibilidade e ajuste às dimensões e outras condições dos locais em que são instaladas". 


"Portugal e Espanha têm recursos naturais distintos face a outros países, como por exemplo mais de 300 dias de sol por ano. Este projeto é um exemplo da capacidade da Península Ibérica. A implementação de sistemas de armazenamento nas empresas será crucial para acelerar o uso de energia renovável e tornar os investimentos em produção solar mais rentáveis e eficientes", afirma António Araújo, administrador da EDP com o pelouro dos clientes empresariais, ditado no mesmo comunicado.

Do lado da Bondalti, Luis Delgado, administrador executivo da empresa, reconhece que a diminuição dos custos de energia, a menor dependência das redes elétricas e a redução da pegada carbónica fatores-chave da competitividade da empresa. "É fundamental a inclusão de sistemas de gestão de energia inovadores, como o de armazenamento de energia, para lidarmos com todas as mudanças em curso com sucesso", refere. 

Com a instalação deste sistema de armazenamento, a gestão da energia produzida e consumida pela Bondalto passa a ser feita por por "um sistema autónomo inteligente, que tira partido das diferenças de preços, gerindo as necessidades energéticas da rede e a energia excedente da central solar". 

Atualmente, a EDP  tem mais de 2 GWh de projetos de armazenamento de energia na Europa, América do Norte, América do Sul e regiões da Ásia, e mais 4 GWh de projetos em fase avançada de desenvolvimento.

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