O principal índice grego, o FTSE/ASE está a subir 3,11% para 1.574,11 pontos, numa altura em que a cor dominante entre as praças europeias é o vermelho. O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a perder 0,44%, com alguns índices a recuarem mais de 1%, como o francês CAC.

A banca é a principal responsável pelo comportamento da bolsa, com o Piraeus a subir mais de 8,5%, tendo até chegado a avançar 10%. Este ganho está relacionado com os resultados apresentados na terça-feira, 15 de Novembro, já depois do fecho do mercado.

O banco revelou que o resultado líquido das operações continuadas foi de 14 milhões de euros nos primeiros nove meses, um valor que é justificado em parte pelo terceiro trimestre, período em que os resultados das operações continuadas foram de 31 milhões de euros. A instituição financeira reportou também uma melhoria dos rácios de solvabilidade, tendo anunciado que no final de Setembro o CET1 atingiu os 17,6%.

O Piraeus está assim a reflectir os resultados do terceiro trimestre, mas este não será o único factor a animar a negociação das acções, até porque a tendência é de ganhos generalizados na praça helénica.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse esta quarta-feira está "um pouco mais aberto" ao argumento de se deixar a Grécia ter um excedente primário mais realista no futuro.

"Teremos de ver quão brando o Eurogrupo vai ser nas negociações com a Grécia e o FMI e que excedente primário será realista no médio prazo", acrescentou o responsável numa conferência em Londres, citado pela Bloomberg.

Estas declarações do responsável europeu surgem um dia depois de Barack Obama ter aterrado em Atenas e defendido que a economia helénica precisa de espaço para poder crescer e que é chegada a hora para encontrar uma solução duradoura para a dívida grega.

Estas questões estarão também a contribuir para a subida da bolsa, e em especial da banca. O Eurobank Ergasias estáa ganhar mais de 7,5%, o Alpha Bank e o National Bank of Greece mais de 5%.