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Bolsa de Lisboa inverte para ganhos com disparo do Montepio
Apesar da abertura em recuo, o início da negociação das unidades do fundo de participação do Montepio - que dispararam mais de 90% - ajudou a levar o PSI-20 para terreno positivo.
Apesar de uma abertura em terreno negativo, a praça portuguesa encetou uma recuperação cerca de meia-hora depois, coincidindo com o arranque da negociação das acções do Montepio, que dispararam em reacção ao anúncio preliminar de OPA conhecido ontem.
O PSI 20 ganha 0,29% para 5.196,05 pontos - pela quarta sessão de avanços -, em contraciclo com a tendência europeia de perdas, com 10 títulos do lado dos ganhos e os restantes nove com sinal menos.
Os papéis do fundo chegaram a cotar nos 95 cêntimos, com uma apreciação máxima de 91,15%, constituindo este o valor mais elevado desde 2013. Em 31 de Maio, as acções dispararam para um valor semelhante sem causa evidente, fechando nesse dia nos 75 cêntimos.
As retalhistas Sonae e Jerónimo Martins, tal como a Pharol e o BCP estão entre os títulos que sustentam as subidas, enquanto EDP, CTT e Galp se evidenciam do lado das quedas.
A energética liderada por António Mexia recua 1% para 2,872 euros e alivia dos ganhos recentes, depois de ontem ter negado estar a negociar uma fusão com a Gas Natural.
Ainda na energia, a EDP Renováveis soma 0,14% para 7,01 euros enquanto a REN cai 0,15% para 2,699 euros. A Galp Energia desce 0,33% para 13,41 euros, isto numa altura em que os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais.
No sector da pasta e do papel, a sessão arrancou também no vermelho, com a Semapa a deslizar 0,68% para 16,86 euros, a Navigator cai 0,03% para 3,692 euros e a Altri perde 0,61% para 4,051 euros. O BCP regista uma subida de 0,17% para 24,24 cêntimos.
Entre as restantes praças o sentimento é de perdas, numa altura em que os investidores aguardam que a Reserva Federal norte-americana divulgue as actas relativas à reunião de política monetária que decorreu nos dias 13 e 14 de Junho. Além disso, o dia vai ser marcado pela divulgação de novos indicadores económicos, como é o caso das vendas a retalho na Zona Euro.