A bolsa nacional encerrou em queda esta terça-feira, 1 de Setembro, pela terceira sessão consecutiva, com o PSI-20 a cair 2,55% para 5.126,86 pontos. Nenhuma cotada do principal índice nacional escapou às perdas.  

Lisboa acompanhou a tendência negativa das principais praças europeias, penalizadas pelos receios em torno da economia chinesa, depois de ter sido divulgado que a actividade industrial da segunda maior economia do mundo caiu para o nível mais baixo dos últimos três anos. Já nos Estados Unidos, a actividade da indústria cresceu ao ritmo mais lento desde Maio de 2013, dados que também contribuíram para o pessimismo dos investidores.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, perde 2,69% para 353,04 pontos. O londrino Footsie destaca-se nas descidas, com uma desvalorização de 2,86%, seguido pelo espanhol IBEX, que recua 2,68%.

Na bolsa nacional, a Jerónimo Martins e o BCP foram as cotadas que mais contribuíram para a queda do PSI-20. A retalhista deslizou 3,32% para 11,94 euros, enquanto o BCP recuou 3,65% para 6,07 cêntimos.

No restante sector da banca, o BPI caiu 2,49% para 90,2 cêntimos enquanto o Banif cedeu 3,64% para 0,53 cêntimos  depois de ter sido divulgado que o Banco de Portugal não chegou a acordo com a Anbang para a venda do Novo Banco, e que vai agora iniciar negociações com o segundo classificado no concurso lançado pelo Banco de Portugal, que são os chineses da Fosun. Em terceiro lugar, recorde-se, ficaram os norte-americanos da Apollo.

A contribuir para a descida do PSI-20 esteve também a Galp Energia, com uma desvalorização de 2,49% para 9,163 euros, acompanhando as fortes perdas do petróleo nos mercados internacionais. Ainda no sector da energia, a EDP caiu 2,18% para 3,058 euros, a EDP Renováveis perdeu 2,52% para 5,93 euros e a REN cedeu 2,21% para 2,613 euros.

A Pharol perdeu 4,62% para 24,8 cêntimos, depois de ter apresentado os resultados do primeiro semestre deste ano. Nos primeiros seis meses de 2015, a ex-PT SGSP  teve um prejuízo de 14,2 milhões de euros, excluindo itens não recorrentes. Um resultado que compara com as perdas de 66,9 milhões registadas no primeiro semestre do ano passado, segundo o comunicado divulgado na segunda-feira à noite à CMVM. Durante este período, registou perdas de 18,5 milhões de euros na desvalorização do real e no valor "mark to market" da opção de compra na Oi.

A Sonae desceu 2,99% para 1,102 euros, a Nos deslizou 2,14% para 7,051 euros e os CTT cederam 0,45% para 9,192 euros. 

(Notícia actualizada às 16h52)