A recuperação do valor das acções tem sido em força. Os títulos do Banco Comercial Português mantêm a toada positiva iniciada há seis sessões e estão esta manhã a ganhar novamente mais de 4%. Acumulam, neste período, uma valorização de 50%.

Esta quarta-feira, os títulos do banco presidido por Nuno Amado ganham 4,17% para 6,27 cêntimos. Os ganhos têm sido expressivos nas últimas sessões – a 1 de Outubro, a valorização foi superior a 12%. A 29 de Setembro, dia da última queda, a cotação do banco era de 4,16 cêntimos, um mínimo. Desde aí, a subida é de 50%. 

Com a evolução positiva de hoje, o BCP está a puxar pelo desempenho do índice português, que segue a ganhar 1,3% e que está a ser impulsionado também pela Pharol. Aliás, a antiga PT SGPS está a ganhar 16,84% para 34,6 cêntimos, o que também poderá explicar parte da valorização do BCP. O banco é accionista da Pharol, detendo 6,2% do seu capital depois de executar um penhor sobre a Ongoing.

O Negócios escreve esta quarta-feira um texto em que tenta perceber o motivo pelo qual as acções do BCP têm marcado este desempenho positivo, depois das desvalorizações marcadas pelas incertezas de Angola, Polónia e Novo Banco.

A saída dos especuladores, com o fecho das posições curtas (quando os investidores apostam na queda dos títulos), é um dos motivos avançados pelos analistas e operadores do mercado. O melhor momento do mercado – o índice português e a Europa também têm vindo a registar valorizações nos últimos dias – ajuda ao desempenho do PSI-20.

Na sessão de hoje, o volume do BCP não está a ser tão elevado como na sessão anterior. Ainda assim, já foram transaccionadas 125 milhões de acções em 1h30 de negociação, metade do que costuma ser trocado numa sessão completa.