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BCP sobe mais de 4% e leva bolsa para máximos de Maio

A bolsa nacional tocou no valor mais elevado desde Maio do ano passado, muito devido à subida acentuada das acções do BCP. Mas também a beneficiar de um sentimento positivo que impera na Europa após a primeira volta das eleições de França.

Bruno Simões
25 de Abril de 2017 às 16:40
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O PSI-20 subiu 0,97% para 5.046,16 pontos, com 14 cotadas a valorizar e cinco a cair. O principal índice da bolsa nacional negociou hoje em máximos de Maio de 2016, acumulando já um ganho superior a 7,5% desde o início do ano.

Entre os congéneres europeus a cor que predomina é o verde, com o Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, a subir 0,22% para 386,93 pontos, renovando o máximo de Dezembro de 2015. Esta sessão várias bolsas europeias tocaram máximos, com destaque para o alemão DAX que renovou mesmo o seu máximo histórico. 

Os investidores continuam a reflectir nos mercados bolsistas o resultado da primeira volta das eleições francesas que deu a vitória a Emmanuel Macron, afastando os receios em torno de uma eventual saída do euro de França, um cenário que está em cima da mesa caso Marine Le Pen vença as eleições. A segunda volta está agendada para 7 de Maio, sendo que as sondagens apontam para a vitória do independente Macron.


Na praça lisboeta, o destaque foi o BCP, com o banco a subir 4,19% para 0,2063 euros, tendo tocado nos 0,2088 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde 12 de Dezembro. As acções do banco liderado por Nuno Amado beneficiaram dos resultados da unidade polaca, o Bank Millennium, que reportou os seus resultados do primeiro trimestre do ano, com os números a superarem as estimativas dos analistas.  As acções do banco polaco dispararam quase 8%.

O presidente executivo do Bank Millennium, João Bras Jorge, afirmou que é "muito importante" partilhar os lucros com os accionistas, acrescentando que a instituição gostaria de pagar dividendos já nos resultados de 2017, caso lhe seja permitido. As declarações, citadas pela Bloomberg, foram proferidas na Polónia. O banco polaco deixou de pagar dividendos em 2016 devido às exigências de capital feitas pelo regulador do país. O BCP, com a maioria do capital, seria o maior beneficiário da distribuição de lucros do banco. 

Ainda na banca, mas fora do PSI-20, o BPI terminou o dia a valer 1,065 euros, menos 0,28% do que na última sessão, a um dia de revelar os resultados do primeiro trimestre do ano. 

A impulsionar o índice esteve também o sector da energia, com a Galp Energia a subir 0,84% para 14,48 euros, numa altura em que os preços do petróleo voltaram às quedas. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, desce 0,04% para 51,58 dólares.

A EDP apreciou 0,13% para 3,118 euros, um dia depois de ter revelado que assinou o acordo definitivo para a venda de 100% do capital da sua subsidiária para a actividade de distribuição de gás em Espanha, a Naturgas Energía Distribuición, num negócio de 2,59 mil milhões de euros. Foi também notícia esta terça-feira, 25 de Abril, que a MFS Investments, que representa 4% do capital da EDP Renováveis, enviou uma carta à equipa liderada por António Mexia a apelar a uma revisão em alta da OPA, segundo o Público. Recorde-se que a EDP lançou uma OPA à EDP Renováveis a 6,75 euros, se descontado o valor do dividendo que a empresa liderada por Manso Neto vai distribuir pelos accionistas. As acções da empresa de energias renováveis subiram 0,72% para 6,99 euros, um valor 3,5% acima da contrapartida. 


A Jerónimo Martins também impulsionou a bolsa nacional, ao apreciar 0,88% para 16,665 euros, bem como a Sonae SGPS, que ganhou 1,20% para 0,931 euros.


Em alta fechou ainda a Nos, ao subir 0,38% para 5,269 euros, e os CTT, que valorizaram 0,85% para 5,204 euros.

Do lado oposto esteve a Pharol, que perdeu 5,02% para 0,284 euros. A Mota-Engil também pesou, ao recuar 0,82% para 2,18 euros.


(Notícia actualizada às 16:45 com mais informação)

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