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BCP sobe mais de 4% e eleva bolsa para máximos de quase um ano

A bolsa nacional acentuou a tendência de ganhos e negoceia em máximos de Maio de 2016, sustentada pela subida superior a 4% do BCP, num dia em que o resto da Europa também está a subir.

Reuters
25 de Abril de 2017 às 12:19
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O PSI-20 sobe 0,84% para 5039,32 pontos, numa altura em que 11 cotadas valorizam, seis caem e duas seguem inalteradas. O principal índice da bolsa nacional negoceia assim em máximos de Maio de 2016, acumulando já um ganho superior a 7,5% desde o início do ano.

Entre os congéneres europeus a cor que predomina é o verde, com o Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, a subir 0,29% para 387,20 pontos, renovando o máximo de Dezembro de 2015. Os únicos índices que não acompanham esta tendência são o espanhol, com o IBEX a recuar 0,13%, e o alemão, com o DAX a descer 0,05%, depois desta manhã este último índice já ter renovado máximos. 

Os investidores continuam a reflectir nos mercados bolsistas o resultado da primeira volta das eleições francesas que deu a vitória a Emmanuel Macron, afastando os receios em torno de uma eventual saída do euro de França, um cenário que está em cima da mesa caso Marine Le Pen vença as eleições. A segunda volta está agendada para 7 de Maio, sendo que as sondagens apontam para a vitória do independente Macron.

Na praça lisboeta, o destaque é o BCP, que sobe 4,14% para 0,2062 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde 12 de Dezembro. As acções do banco liderado por Nuno Amado estão a beneficiar dos resultados da unidade polaca, o Bank Millennium, que reportou os seus resultados do primeiro trimestre do ano, com os números a superarem as estimativas dos analistas. 

Além disso, o presidente executivo do Bank Millennium, João Bras Jorge, afirmou que é "muito importante" partilhar os lucros com os accionistas, acrescentando que a instituição gostaria de pagar dividendos já nos resultados de 2017, caso lhe seja permitido. As declarações, citadas pela Bloomberg, foram proferidos na Polónia. O banco polaco deixou de pagar dividendos em 2016 devido às exigências de capital feitas pelo regulador do país. O BCP, com a maioria do capital, seria o maior beneficiário da distribuição de lucros do banco. 

A impulsionar o índice está também a Galp Energia, que sobe 1,04% para 14,51 euros, numa altura em que os preços do petróleo voltam aos ganhos. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a subir 0,35% para 51,78 dólares.

Ainda no sector da energia, a EDP aprecia 0,45% para 3,128 euros, um dia depois de ter revelado que assinou o acordo definitivo para a venda de 100% do capital da sua subsidiária para a actividade de distribuição de gás em Espanha, a Naturgas Energía Distribuición, num negócio de 2,59 mil milhões de euros. Foi também notícia esta terça-feira, 25 de Abril, que a MFS Investments, que representa 4% do capital da EDP Renováveis, enviou uma carta à equipa liderada por António Mexia a apelar a uma revisão em alta da OPA, segundo o Público. Recorde-se que a EDP lançou uma OPA à EDP Renováveis a 6,75 euros, se descontado o valor do dividendo que a empresa liderada por Manso Neto vai distribuir pelos accionistas. As acções da empresa de energias renováveis estão a subir 0,24% para 6,957 euros, um valor 3% acima da contrapartida. 

A contribuir para os ganhos do índice está também a Jerónimo Martins, ao apreciar 0,73% para 16,64 euros, bem como a Sonae SGPS, que ganha 0,43% para 0,924 euros.

Do lado oposto está a Nos, ao perder 0,02% para 5,248 euros, assim como a Pharol, que perde 1,67% para 0,294 euros.
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