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BCP sobe mais de 10% em quatro sessões na expectativa de mais lucros

O Banco Comercial Português valorizou mais de 10% nas últimas quatro sessões, superando o desempenho dos seus pares europeus.

01 de Novembro de 2018 às 16:43
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As acções do BCP valorizaram 10,5% nas últimas quatro sessões, caminhando assim para uma semana positiva. O Banco Comercial Português tinha desvalorizado nas últimas quatro semanas, tendo fechado o mês de Outubro com uma queda de 7%. Essa situação inverteu-se com a recuperação dos títulos a ser impulsionada pela estimativa do BPI de que os lucros do banco terão duplicado no terceiro trimestre, em termos homólogos.

O BCP fechou esta quinta-feira, 1 de Novembro, com uma valorização de 0,73% para os 23,99 cêntimos. Juntando as subidas das últimas sessões - duas destas superiores a 4% -, o Banco Comercial Português caminha para uma semana onde deverá valorizar mais de 10%, se a tendência de recuperação não se inverter.
O que estará a ter um maior impacto é a estimativa do BPI para os lucros do BCP de Julho a Setembro. Numa nota de análise divulgada na terça-feira, o BPI/CaixaBank previa que o banco liderado por Miguel Maya terá fechado o terceiro trimestre com um resultado líquido de 93 milhões de euros, que compara com os 43 milhões obtidos entre Julho e Setembro de 2017.

O BCP, que fechou o primeiro semestre com lucros de 150,6 milhões de euros, apresenta os seus resultados do terceiro trimestre no próximo dia 8 de Novembro depois do fecho do mercado. Os investidores estarão já a antecipar a melhoria dos resultados e isso reflecte no valor das acções.

Mas há mais factores. O facto de o sector europeu da banca estar a recuperar é determinante. A apresentação de resultados de vários bancos, nomeadamente o HSBC ou o Santander, foi positiva, o que impulsiona as cotadas de um sector que continua em recuperação numa altura em que se entra na fase de normalização da política monetária.

Esta quinta-feira o sector estava a ser influenciado positivamente pela notícia de que Bruxelas e Londres tinham chegado a um acordo preliminar sobre a ligação dos serviços financeiros na fase pós-Brexit, mas as duas partes vieram depois negar a informação.

Acresce que houve um alívio geral nos mercados depois de Outubro ter sido particularmente penalizador, tendo sido um dos piores meses dos últimos tempos tanto na Europa como nos Estados Unidos. Os investidores voltaram esta semana a ganhar apetite pelo risco, uma vez que, para já, a tendência descendente dos mercados internacionais parece ter estancado.

Em particular nas bolsas europeias o alívio é sentido no caso italiano. Depois de atingir um clímax com a recusa do Orçamento do Estado para 2019, o conflito entre Bruxelas e Roma parece estar agora em stand-by, aguardando a altura em que Itália deverá apresentar um orçamento rectificativo. O aliviar da pressão sentiu-se nos juros italianos, o que ajudou também os bancos, dado que estes detêm parte da dívida pública de Itália. 

Ao valorizar mais de 10% - atingindo máximos do início de Outubro -, o BCP está a ter um desempenho superior ao dos pares europeus. O índice da banca europeia está a subir 3,8% nestas últimas quatro sessões. 

Recorde-se que o banco do BCP na Polónia aumentou 9,3% os lucros até Setembro para 129 milhões de euros. Além disso, o BCP fez recentemente uma alteração contabilisticamente que lhe permite pagar dividendos no próximo ano, apesar de tal não ser garantido.

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