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BCP, EDP R e Jerónimo Martins dão queda à bolsa de Lisboa

Os recuos do BCP, superiores a 2%, e as quedas das eléctricas e da REN levaram a praça portuguesa à primeira sessão de perdas das últimas três, em contraciclo com as valorizações das acções europeias.

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28 de Dezembro de 2016 às 16:42
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A praça portuguesa encerrou a sessão desta quarta-feira, 28 de Dezembro, em terreno negativo, pela primeira vez em três dias, com os títulos do BCP, da EDP Renováveis e da Jerónimo Martins a pressionarem as negociações.

O PSI-20 fechou a cair 0,25% para os 4.652,01 pontos, com 12 títulos no vermelho, três inalterados e os restantes três a registarem valorizações, numa sessão marcada por baixa liquidez tradicional da época de festividades e de fim de ano.

O BCP renovou mínimos históricos, ao cair 2,37% para os 1,04 euros por título, enquanto a EDP Renováveis perdeu 0,64% para 5,893 euros. As retalhistas estiveram igualmente sob pressão, com a Jerónimo Martins a ceder 0,38% para 14,50 euros e a Sonae a cair 0,46% para 0,868 euros.

O sector financeiro não experimentou ganhos, com os títulos do BPI e o valor das unidades de participação do Montepio a fecharem inalterados, respectivamente nos 1,127 euros e 0,42 euros (que continua a constituir mínimo recorde). A caixa económica liderada por José Félix Morgado vai congelar por dois anos os salários dos trabalhadores, um dos pontos fechados na negociação do acordo de empresa com o sindicato.

Os CTT cotaram nos 6,458 euros, uma queda de 0,19%, na primeira sessão depois de se ter sabido que a espanhola Indumenta Pueri superou uma participação de 2% no capital da empresa postal.

Fora do índice, a maior queda coube à SDC - tombou 8% para 0,023 euros. Na sexta-feira, foi conhecido que a Investéder, empresa de dois gestores do grupo, vai lançar uma oferta pública de aquisição sobre a SDC Investimentos. O preço da oferta é de 2,7 cêntimos por acção, 17% acima da cotação de fecho desta quarta-feira.

Galp - com a maior valorização, de 0,21% para 14,19 euros -, Nos e Sonae Capital escaparam à tendência negativa e atenuaram maiores perdas em Lisboa.

A petrolífera, que ontem anunciou a redução do penhor financeiro sobre os títulos do seu maior accionista junto do Santander Totta, beneficiou do comportamento dos preços do ouro negro nos mercados internacionais. Em Londres, e a dias de se tornarem efectivos os cortes acordados pelos países do cartel da OPEP, o valor do barril de Brent - padrão para as compras portuguesas - soma 0,52% para 56,38 dólares. 

No resto da Europa os principais índices oscilam entre ganhos e perdas ligeiros, com o Stoxx 600 - o mais representativo do Velho Continente - a valorizar 0,19%. A maior queda cabe a Madrid - a praça espanhola cede 0,49% - enquanto Amesterdão e Londres registam valorizações.

A praça britânica lidera os ganhos, a somar 0,42%, ao passo que do outro lado do Atlântico os principais índices registam quedas inferiores a 0,5%. 

"Parece um pouco uma tomada de mais-valias depois de uma grande subida, o que é perfeitamente saudável para os mercados. (...) O facto de o Dow [Jones, o índice industrial] não ter ainda superado os 20 mil pontos mostra que alguns investidores ainda estão a realizar ganhos," afirmou à Reuters o CEO da 50 Park Investments, Adam Sarhan.


(Notícia actualizada às 17:15 com mais informação)

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