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BCP e sector do papel impulsionam bolsa em dia de máximos

A bolsa nacional fechou a sessão em alta, num dia em que o principal índice tocou no valor mais elevado desde Julho de 2015. Em destaque voltou a estar o sector do papel, com Navigator e Altri a tocarem em valores nunca antes registados. A Galp também atingiu máximos de mais de 10 anos, mas foi o BCP que mais impulsionou.

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22 de Maio de 2018 às 16:48
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O PSI-20 subiu 0,65% para 5.787,44 pontos, com 13 cotadas em alta, duas em queda e três inalteradas. A bolsa nacional tocou assim em máximos de Julho de 2015. No resto da Europa a tendência também foi positiva, com a maior parte das bolsas a subirem, a reflectirem um alívio da tensão entre a China e os EUA. O sector automóvel destaca-se pela positiva depois de a China ter anunciado um corte na tarifa aplicada aos veículos importados, de 25% para 15%.

 

Os investidores reduziram também a pressão relacionada com a situação política em Itália, um contexto que nos últimos dias tem pressionado a negociação bolsista na Europa e elevado as taxas de juro dos países periféricos, com especial incidência sobre Itália.

 

O principal índice da bolsa nacional reforça assim os ganhos desde o início do ano para mais de 7%, sendo uma das bolsas europeias que mais sobe este ano. O Stoxx600, por exemplo, segue com uma valorização de 2% em 2018.

 

Na praça nacional, a contribuir para a subida desta terça-feira, 22 de Maio, esteve o BCP. O banco liderado por Nuno Amado avançou 1,88% para 0,2825 euros, apreciando pela segunda sessão consecutiva.

 

O sector do papel também se destacou, com a Altri e a Navigator a tocarem em máximos históricos. As acções da Altri, co-liderada por Paulo Fernandes (CEO da Cofina, dona do Negócios) subiram 1,42% para 7,84 euros, tendo chegado a negociar nos 7,95 euros. Já a ex-Portucel valorizou 0,28% para 5,43 euros, depois de ter tocado nos 5,49 euros.

 

Em máximos esteve também a Galp Energia, desta feita em níveis de 2008, a beneficiar de notas de análise que têm sido publicadas nos últimos dias. As acções da petrolífera avançaram 0,5% para 17,15 euros, tendo tocado nos 17,46 euros. E isto num dia em que o petróleo voltou a tocar no valor mais elevado desde 2014.

Em destaque estiveram também as acções da Sonae SGPS, que subiram 1,31% para 1,159 euros, com os investidores a reflectirem na negociação o facto de a empresa ter anunciado que continua a analisar a possibilidade de colocar em bolsa parte do portefólio de retalho da empresa, no qual a Sonae manterá uma posição maioritária. O portefólio potencialmente sujeito à entrada em bolsa inclui o retalho alimentar, com a Sonae MC, e a propriedade imobiliária, com a Sonae RP. 

 

O BPI assinala ser positivo a Sonae ter optado por deixar o retalho especializado de fora da empresa a cotar em bolsa, pois permitirá uma melhor comparação como sector europeu e o valor destes activos (como a Worten e a Zippy) não seria maximizado uma vez que estão ainda em reestruturação.

 

A Sonae Capital, que vai divulgar as contas dos primeiros três meses do ano após o fecho da sessão, fechou a ganhar 1,57% para 1,036 euros. A empresa deverá permanecer com prejuízos no primeiro trimestre deste ano, embora com uma melhoria significativa nos indicadores operacionais. Os analistas do BPI e CaixaBI coincidem na previsão dos resultados líquidos da Sonae Capital: prejuízos de 5 milhões de euros, que comparam com um valor também negativo de igual dimensão no mesmo período de 2017. Quanto ao EBITDA, os dois bancos de investimento apontam para uma subida significativa.

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