O BCP iniciou a sessão a cair 4,79% para 13,9 cêntimos, esta quinta-feira, 9 de Fevereiro, dia que marca a estreia em bolsa de mais de 14 mil milhões de novos títulos da instituição, resultantes do aumento de capital.

Com esta descida, o banco liderado por Nuno Amado eleva para mais de 18% a desvalorização acumulada nas últimas três sessões, em que o mercado já estava a antecipar a pressão que os novos títulos iriam exercer na negociação do BCP.  

Isto porque os investidores que adquiriram direitos de subscrição do aumento de capital para comprar novos títulos estarão a aproveitar para realizar mais-valias, tendo em conta que os direitos negociaram sempre a desconto face ao preço das acções. Os títulos afundaram quase 9,5% na terça-feira e 7% na sessão de ontem.

A entrada destas novas acções - que mais do que duplica o peso do BCP no PSI-20 para quase 10% - marca o fim do processo de aumento de capital, que se traduziu num encaixe de 1,33 mil milhões de euros para o banco, montante que será utilizado maioritariamente para reembolsar a ajuda do Estado.

Após o aumento de capital, a Fosun reforçou o estatuto de maior accionista, passando a deter perto de 24% do capital do banco, enquanto a Sonangol manteve o estatuto de segundo maior accionista, com cerca de 15% do capital.

A gestora de activos norte-americana BlackRock passou a ser a terceira maior accionista, com mais de 3% do capital do banco.

 
(Notícia actualizada às 08:21)