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Banca e telecomunicações arrastam Euronext Lisbon; PSI20 cai 2,51%
O Banco Comercial Português e a Portugal Telecom arrastavam o PSI20 para uma desvalorização de 2,51%, em linha com todas as praças europeias que seguiam a cair. O banco nacional ajustava o preço face ao aumento de capital.
O PSI20 marcava 5.271,76 pontos com 14 empresas a cair, cinco inalteradas e uma a subir.
«O anúncio do aumento de capital do BCP está a provocar uma desvalorização do mercado, em linha com a Europa influenciada pelos sectores das telecomunicações e banca», disse ao Negocios.pt Pedro Coelho operador da Atrium.pt.
O Banco Comercial Português [BCP] desvalorizava 11,05% para os 1,61 euros, a ajustar ao anúncio do aumento de capital e que se traduzirá numa maior oferta de acções daquela instituição. Foram negociados 8,7 milhões de títulos da instituição.
O BPI reiterou a recomendação de «reduzir» para o Banco Comercial Português (BCP), descendo o preço alvo de 2 euros para os actuais 1,60 euros. A diluição estimada dos lucros por acção é de 13%, após o aumento de capital.
Ainda no sector da banca, os títulos do Banco Espírito Santo [BESNN] desvalorizavam 0,08% para os 12,28 euros. As acções do Banco BPI [BPIN] regrediam 2,35% para os 2,08 euros.
A Portugal Telecom [PTC] seguia a desvalorizar 1,55%, em linha com as suas congéneres europeias. A Deutsche Telekom regredia 4,88%, a espanhola Telefónica perdia 1,89% e a France Télécom registava uma queda de 6,19%.
A sua concorrente para a área das telecomunicações móveis, a Vodafone Telecel [TLE], cotava inalterada nos 8,51 euros.
A SonaeCom [SNC], que controla a Optimus, desvalorizava 1,19% para os 1,66 euros. A empresa poderá apresentar resultados hoje após o fecho do mercado ou amanhã antes da abertura da Bolsa. A Sonae SGPS [SON] regredia 2,56% para os 0,38 euros.
A Electricidade de Portugal [EDP] desvalorizava 1,32% para os 1,50 euros.
A Brisa [BRISA], que hoje apresenta resultados depois do fecho da sessão, seguia a ganhar 0,20% para os 4,96 euros. Os lucros da concessionária em 2002 deverão sair no intervalo de 200,4 milhões de euros a 297,7 milhões de euros, ou seja, um crescimento médio de 11%, com uma alteração contabilística a mudar as contas. As receitas da concessionária terão aumentado 8%.
Praças europeias reflectem tendência de quedaAs principais praças europeias seguiam a desvalorizar, devido ao sector das telecomunicações e banca, que arrastavam todas as empresas do sector na Europa.
Em Madrid, o IBEX regredia 1,33% para os 5.872,70 pontos com os títulos da Telefónica, Santander e BBVA a arrastarem o índice. O BBVA seguia a perder 3,2% para os 7,57 euros.
A Bolsa de Londres seguia a cair 1,57%, com a GlaxoSmithKline a cair 2,74% para as 11,02 libras (16,11 euros)
Em Paris, o CAC 40 desvalorizava 1,67% com os títulos da Total Fina Elf a provocarem uma desvalorização de 2,48% para os 121,7 euros.
Na Bolsa de Frankfurt, os títulos da Deutsche Telekom e Siemens a arrastavam o DAX para uma desvalorização de 1,88%. A Siemens caía 3,46% para os 34,90 euros.
A praça de Amsterdão seguia a cair 2,48%, devido aos títulos da Aegon e da Phillips, que regrediam 0,63% para os 9,89 euros e 15,06% para os 0,50 euros respectivamente.