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Estimativa: Lucros da Brisa em 2002 sobem 11% para 235,5 milhões (act2)

Os lucros da Brisa em 2002 deverão sair no intervalo de 200,4 milhões de euros a 297,7 milhões de euros, ou seja, um crescimento médio de 11%, com uma alteração contabilística a mudar as contas. As receitas da concessionária terão aumentado 8%.

24 de Fevereiro de 2003 às 16:43
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(altera estimativa e ajusta média; actualiza com cotação de fecho)

Os lucros da Brisa em 2002 deverão sair no intervalo de 200,4 milhões de euros a 297,7 milhões de euros, ou seja, um crescimento médio de 11%, com uma alteração contabilística a mudar as contas. As receitas da concessionária terão aumentado 8%.

Em 2001, a Brisa [BRISA] havia lucrado 212,2 milhões de euros. As receitas, na altura, aumentaram para 477 milhões de euros, enquanto o EBITDA, ou o «cash flow» operacional, denotou uma subida de 13% para 356,8 milhões de euros.

Nos primeiros nove meses de 2002, os lucros da Brisa aumentaram para 200 milhões de euros. No período, a concessionária de auto-estradas nacional facturou 398 milhões de euros, enquanto o EBITDA atingiu 295 milhões de euros.

Recorrendo às projecções dos analistas, os lucros no último trimestre terão sido, em média, de 35,55 milhões de euros.

Para 2002, as estimativas dos seis analistas variam entre os 200,4 milhões de euros e os 297,7 milhões de euros, com a média a sugerir um lucro de 235,5 milhões de euros.

O consenso dos analistas aponta para um crescimento das receitas de 8,4% para 517,1 milhões de euros, enquanto o EBITDA terá subido 9,7% para 391,4 milhões de euros.

Segundo a Caixa BI, os resultados deverão «sobretudo» ser influenciados pela alteração nos procedimentos contabilísticos relacionais com os privilégios fiscais que a concessionária beneficia. O banco estima que os lucros antes dos impostos tenham experimentado uma subida de apenas 2%.

Os custos financeiros da empresa deverão aumentar 70% face a 2001, devido ao «impacto negativo» da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) e dos investimentos a suportar com a abertura de novos troços. A Brisa detém 17% do capital da CCR, que contribuiu negativamente em 29 milhões de euros para os resultados financeiros, nos primeiros três trimestre do ano.

Dos 523 milhões de euros que a Brisa investiu entre Janeiro e Setembro, a empresa terá gasto 218,5 milhões de euros na compra de 5,77% do capital da espanhola Acesa, que por seu lado controla cerca de 10,07% da Brisa.

A Caixa BI prevê que as receitas das portagens, que representarão 88% do total da facturação, terão incrementado 16%, a reflectir a inflação de 3,5% em 2001, o crescimento de 2% no tráfego diário médio (ADT), bem como a abertura de novos troços, a «A2», a «A13» e a «A14».

A venda dos activos da ONI Way, operadora móvel da ONI, na qual a Brisa participa em 17%, «não deverão influenciar de forma significativa as contas de 2002».

Os resultados da Brisa serão divulgados a 25 de Fevereiro, após o fecho do mercado.

* valores em milhões de euros Lucro Líquido Receitas EBITDA
Banif Investimento 213,1 498,4 388,0
Santander 297,7    
Caixa BI 281,0 536,6 404,6
BBVA 204,7 499,2 387,0
Lisbon Brokers 216,0 526,0 390,0
BCP Investimento 200,4 525,5 387,4
Máximo 297,7 536,6 404,6
Média 235,5 517,1 391,4
Mínimo 200,4 498,4 387,0

As acções da Brisa fecharam nos 4,95 euros, a desvalorizarem 1,59%.

Por Pedro Carvalho

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