A bolsa nacional negoceia em terreno positivo, contrariando a tendência de queda ligeira que se verifica nas principais praças europeias, com os investidores a digerirem os resultados de diversas cotadas europeias e a aguardarem a reunião do BCE e a divulgação do PIB dos EUA no terceiro trimestre.

O PSI-20 soma 0,44% para 6.437,65 pontos com 14 cotadas em alta, duas em queda e quatro inalteradas. O índice português já atingiu um novo máximo desde Agosto de 2011, superando o recorde deste espaço temporal fixado na sessão de ontem.

A sessão de hoje ficará marcada pela reunião do Banco Central Europeu. Apesar de as expectativas apontarem para que os juros permaneçam em mínimos históricos, os economistas acreditam que Mario Draghi pode sinalizar um corte de juros na reunião de Dezembro. Esta ideia ganhou força depois de na semana passada o Eurostat ter revelado que a inflação na Zona Euro desceu para 0,7% em Outubro.   

Os investidores vão também estar atentos à entrada em bolsa do Twitter, sendo que foi ontem anunciado que cada acção foi vendida aos investidores a 26 dólares. E à divulgação do PIB dos Estados Unidos no terceiro trimestre, um dado que pode fornecer mais pistas sobre a política monetária dos Estados Unidos, sobretudo sobre a velocidade a que a Reserva Federal vai retirar os estímulos à economia.   Ontem o Dow Jones fechou no valor mais elevado de sempre.

Na praça portuguesa a banca prolonga a tendência de ganhos da véspera, quando beneficiou com a descida dos juros da dívida pública portuguesa a 10 anos para valores abaixo dos 6%. O BCP avança 0,96% para 0,1152 euros, o BES soma 1,97% para 1,037 euros e o Banco BPI ganha 1,02% para 1,187 euros. Na sessão de hoje os juros da dívida soberana portuguesa seguem estáveis, a aguardar o leilão de obrigações de Espanha e as indicações de Draghi sobre os juros.

Ainda a impulsionar a praça portuguesa a Portugal Telecom soma 0,12% para 3,364 euros, sendo que os restantes pesos pesados apresentam todos fracas oscilações.

A Mota-Engil destaca-se com um novo máximo de Janeiro de 2011, após uma subida de 3,98% para 3,759 euros. A REN, que apresenta esta tarde os resultados dos primeiros nove meses, avança 0,58% para 2,25 euros.