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Banca sustenta Wall Street, animada por Powell. Drama da reforma fiscal impõe prudência

As principais bolsas dos EUA estabeleceram novos máximos históricos, com o sector da banca a dar o maior impulso. Isto depois dos dados sobre uma sólida confiança dos consumidores e dos comentários de Jerome Powell sobre as suas ideias para a liderança da Fed.

Reuters
28 de Novembro de 2017 às 21:05
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O Standard & Poor’s 500 fechou a somar 0,99% para 2.627,08 pontos, depois de a meio da sessão ter marcado um novo recorde nos 2.627,69 pontos.

 

Já o Dow Jones encerrou com um ganho de 1,09% para 23.837,74 pontos. Na negociação intradiária, o índice atingiu um novo máximo de sempre, nos 23,849.61 pontos.

 

Também o tecnológico Nasdaq Composite tocou num valor nunca antes alcançado, nos 6,914.19 pontos, tendo depois terminado a sessão a subir 0,49% para 6.912,36 pontos.

 

Os investidores gostaram das declarações de Jerome Powell, nomeado por Donald Trump para substituir Janet Yellen na liderança da Reserva Federal a partir do próximo dia 3 de Fevereiro.

 

Powell, que deve ser hoje confirmado pelo Senado, será o primeiro presidente da Fed, em quase quatro décadas (desde 1981), que não é licenciado em Economia [mas sim em Direito], conforme salienta a Fortune. E será a primeira vez em quatro décadas que um presidente da Fed não cumpre um segundo mandato.

 

Na sua audição de hoje perante um comité do Senado, Powell defendeu a necessidade de poder flexibilizar a regulação sobre o sector financeiro – o que agradou grandemente à banca, impulsionando as suas cotações.

 

Também os dados sobre a confiança dos consumidores norte-americanos em Novembro, que disparou para um máximo de quase 17 anos, esteve a animar a negociação bolsista do outro lado do Atlântico.

 

As tecnologias estiveram igualmente a sustentar Wall Street esta terça-feira. Este ano, o sector tecnológico é o que está a ter, de longe, o melhor desempenho nos EUA. O índice das tecnologias de informação do S&P 500 acumula uma subida de 39% em 2017.

 

Mas a prudência também imperou, uma vez que os líderes democratas do Congresso recusaram hoje reunir-se com o presidente Donald Trump para falarem sobre a reforma fiscal. Isto devido a um tweet pouco simpático de Trump logo de manhã, em que acusava os democratas de quererem que os imigrantes inundassem os EUA, dizendo ainda que aquele partido é fraco no combate ao crime e quer aumentar impostos.

 

O país tem estado à espera de novidades sobre a aprovação do novo plano fiscal, já que falta o voto crucial do Senado [a Câmara dos Representantes já aprovou a sua versão] – que irá decorrer já na quinta-feira.

 

Ao final do dia os receios dissiparam-se grandemente, já que o Comité Orçamental do Senado votou favoravelmente a proposta de reforma fiscal apresentada pelos senadores republicanos. Com esta aprovação, a reforma tem luz verde para votação global pela câmara alta do Congresso - se bem que vários senadores do Partido Republicano continuem a exigir alterações ao documento. 

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