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Banca e universo EDP dão terceira queda ao PSI-20
O mercado accionista português abriu em terreno negativo esta quarta-feira, penalizado pelos títulos do BPI, BCP, EDP Renováveis e EDP. Os CTT registam novo mínimo.
A praça portuguesa abriu esta quarta-feira, 8 de Fevereiro, em queda pela terceira sessão consecutiva, penalizada pela prestação dos títulos do BPI e BCP e pelos papéis do universo EDP e dos CTT.
O PSI-20 iniciou o dia a cair 0,05%, para 4.561,06 pontos, em contraciclo com as valorizações europeias, com 10 títulos em terreno positivo, 5 com quedas e três inalterados.
No dia em que são conhecidos, após o fecho da sessão, os resultados da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelos catalães do CaixaBank, os títulos do BPI registam a maior queda do PSI-20 - 4,54% para 1,073 euros. A instituição espanhola oferecia 1,134 euros por acção.
O Negócios noticia hoje que o CaixaBank terá assegurado pelo menos 75% do BPI com esta operação e ontem, o maior accionista português, o grupo Violas, anunciou que vendeu a maior parte da sua participação de 2,681%, passando a manter uma posição residual.
Na véspera do início de negociação das novas acções resultantes do aumento de capital de 1.332 milhões de euros, o BCP recua 0,45% para 0,1563 euros depois de ontem ter tombado quase 9,5%.
Com recuos superiores a 0,5% estão tanto a EDP como a EDP Renováveis, no dia em que, segundo a Bloomberg, a casa de investimento Berenberg cortou o preço-alvo da empresa liderada por Manso Neto dos 6,6 euros para os 4,5 euros, reduzindo a recomendação de "hold" para "sell". Os títulos da Renováveis caem 0,78% para os 6 euros.
A empresa de Correios cai 0,08% para 4,916 euros, depois de já terem tocado no mínimo de 4,9 euros. Nos últimos dias a empresa reviu em baixa a evolução do EBITDA para 2016, o que precipitou cortes de recomendação de várias casas de investimento.
Do lado das valorizações permanece a Pharol, ainda em máximos de mais de um ano, a reflectir a evolução na bolsa da brasileira da Oi - de que é accionista de referência – e a somar valor pela 10.ª sessão, à espera de um desfecho positivo do processo de recuperação judicial em curso na operadora. A empresa liderada por Palha da Silva vale 0,311 euros por acção, a ganhar 0,65%.
A Navigator, que amanhã apresenta resultados anuais, ganha 0,72% para 3,487 euros. O CaixaBI antecipa uma quebra de 13,8% nos lucros da papeleira no último trimestre do ano passado. Já a REN, que esta terça-feira concluiu a compra de uma participação num gasoduto no Chile, soma 0,82% para 2,586 euros.
Na frente europeia as valorizações estão a ser sustentados por resultados empresariais, com a seguradora norueguesa Storebrand em máximos de nove anos e a gestora de activos Aberdeen Asset Management a disparar 4,5% depois de uma melhoria de recomendação, de acordo com a Reuters. Em forte queda - superior a 6% - estão as acções da transportadora marítima Maersk depois de falhar as previsões de lucro para o último trimestre do ano.
No mercado de dívida, e no dia em que Portugal vai procurar levantar até 1.250 milhões de euros em títulos a cinco e sete anos, os juros no prazo a dez anos recuam 1,13 pontos, para 4,226%, cedendo pelo segundo dia. É a décima sessão consecutiva com os juros acima de 4%.
(Notícia actualizada às 8:29 com mais informação)