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Banca e saúde levam Wall Street de volta aos ganhos
As bolsas norte-americanas inverteram as quedas da abertura e encerraram a sessão em ligeira alta, numa altura em que os investidores se preparam para uma semana atarefada em matéria de política monetária, o que ofuscou as preocupações em relação a uma possível guerra comercial.
O Dow Jones fechou a somar 0,30% para 25.316,53 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,31% para 2.779,03 pontos.
Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,14%, a valer 7.645,51 pontos, apesar do desempenho negativo da Apple e da Intel.
As bolsas do outro lado do Atlântico abriram em baixa, imperando a cautela, já que as tensões comerciais vão dominar a cimeira do G7 este fim-de-semana no Canadá.
No entanto, as atenções começaram a focar-se mais no endurecimento monetário por parte dos principais bancos centrais, o que sustentou as cotadas da banca e permitiu a Wall Street inverter para terreno positivo.
Com efeito, na próxima semana há reuniões do Banco Central Europeu e da Reserva Federal norte-americana e os mercados já começaram a virar as atenções para estes eventos.
É grande a expectativa de que a Fed, liderada por Jerome Powell, anuncie na próxima quarta-feira o segundo aumento de juros do ano.
O banco central dos EUA tem previstas três subidas dos juros directores para este ano, à semelhança do que aconteceu em 2017, mas já por várias vezes que tem sido avançada a possibilidade de a Fed aumentar os juros quatro vezes – e na reunião da próxima semana o mercado espera pistas sobre este assunto.
Entretanto, no dia 14 os responsáveis do BCE debaterão o possível fim do programa de compra de obrigações para finais deste ano. Em causa estão as declarações de quarta-feira do economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), que indicam uma decisão sobre o fim dos estímulos na reunião da próxima semana.
Peter Praet disse que o BCE já vê a inflação perto da meta, assim como a robustez do crescimento da Zona Euro e da subida dos salários. Acredita-se que a instituição liderada por Mario Draghi dará indicações mais precisas quanto ao momento escolhido para pôr fim ao programa mensal de compra de activos em vigor.
Também o sector da saúde esteve a animar a negociação bolsista nos Estados Unidos nesta última sessão da semana, com a Allergan a subir mais de 4% e a dar o mote às subidas.
Do lado das perdas, destaque para a Apple, que encerrou a ceder 0,91% para 191,70 dólares depois de ter sido avançado pela gigante de media japonesa Nikkei que a empresa estará a pensar vender 80 milhões de novos modelos de iPhones – o que, a acontecer, corresponde a menos 20% do que aquilo que foi planeado por esta altura no ano passado, indiciando assim que a tecnológica liderada por Tim Cook poderá estar a prever vender menos unidades do seu produto-estrela.