A Arábia Saudita anunciou esta semana que iria voltar a vender ações da gigante petrolífera Aramco e a operação de receção de ordens teve hoje início. Vão ser colocadas no mercado 1,545 mil milhões de ações da empresa, representando 0,64% do capital, prevendo-se um encaixe de 13,1 mil milhões de dólares (12,08 mil milhões de euros). Isto quatro anos e meio depois da entrada da Aramco em bolsa.

Os bancos mandatados pelo reino saudita já começaram a receber ordens de compra neste domingo, 2 de junho, e a operação decorre até à próxima quinta-feira, dia 6 – sendo o preço das ações fixado no dia seguinte.

Espera-se que estas novas ações comecem a negociar na bolsa de Riade no domingo que vem, 9 de junho.

Com a venda anunciada em comunicado pelo governo saudita e pela empresa estatal, o livro de ordens abriu esta manhã a um preço entre 26,70 e 29,00 riais sauditas por ação (cerca de 6,5 a 7,14 euros), refere a CNBC.

As ações da Aramco estão a ser disponibilizadas junto de investidores locais e estrangeiros.

O dinheiro que será angariado, sublinha a Reuters, destina-se a ajudar a financiar o plano do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman de diversificação da economia.

Esta é a segunda venda de ações da petrolífera, depois de a Aramco ter entrado em bolsa em 2019 e disponibilizado 1,5% da empresa aos investidores. Essa venda captou um recorde de 29,4 mil milhões de dólares, na maior oferta pública inicial (IPO) da história até então.

A Aramco é a segunda maior petrolífera do mundo, tanto em termos de produção diária de crude como de capitalização bolsista. O seu valor de mercado ascende, neste momento, a 1,87 biliões de dólares (o que a torna a quinta cotada mais valiosa do mundo).