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Altri sobe quase 5% à boleia de fusões e aquisições no sector
A fusão da Fibria com a Suzano animou o sector. As acções da Altri ganharam quase 5%, o que corresponde ao ganho mais acentuado desde Outubro.
A Fibria e a Suzano vão mesmo avançar para uma fusão e vão criar a maior produtora mundial de celulose. Este negócio na indústria do papel acaba por se reflectir na negociação das cotadas que operam no sector.
No mercado nacional o destaque foi a Altri, com a empresa co-liderada por Paulo Fernandes (CEO da Cofina, que detém títulos como o Negócios e o Correio da Manhã) a subir 4,69% para 5,13 euros. Esta foi a subida mais pronunciada das acções da empresa de papel desde 4 de Outubro de 2017.
A forte subida foi acompanhada por uma liquidez elevada, tenho trocado de mãos mais de 725 mil acções, quando a média diária dos últimos seis meses é inferior a 350 mil.
Entre as restantes cotadas do sector, a Navigator subiu 1,61% para 4,658 euros, enquanto a Semapa ganhou 0,73% para 19,36 euros.
"Os rumores de fusões e aquisições têm impulsionado o desempenho das acções da indústria do papel, com as [cotadas] brasileiras a registarem um ganho médio de 37% desde o início do ano. Ainda assim, a Altri tem registado um desempenho abaixo do sector", algo que o BPI associa aos problemas em torno da Celtejo e da poluição do rio Tejo. Dito isto, o banco de investimento acredita que há espaço para um "reajuste" face à Ence, o concorrente mais próximo da Altri e que segue com uma subida superior a 8% desde o início do ano.