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Altri afunda mais de 8% apesar de resultados acima do esperado

Apesar de os resultados da empresa terem superado as estimativas dos analistas, as acções estão a cair na bolsa de Lisboa, depois de terem subido mais de 50% nos últimos dois meses.

A recomendação para a Altri é de “acumular”, embora o preço-alvo aponte para um potencial de queda de 1,3%. O CaixaBI salienta que a cotada está dependente de duas variáveis: preços da pasta e taxa de câmbio do euro face ao dólar. A forte procura deverá manter os preços da matéria-prima em níveis elevados, sendo que o banco assume que se esta continuar resiliente, os preços deverão manter-se até 2020.
Miguel Baltazar/Negócios
06 de Novembro de 2017 às 11:13
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As acções da Altri estão a negociar em queda acentuada esta segunda-feira, 6 de Novembro, depois de a empresa ter revelado, na última sessão, os seus resultados relativos ao terceiro trimestre deste ano.

 

Os títulos da companhia co-liderada por Paulo Fernandes descem 6,88% para 5,289 euros, tendo chegado a afundar 8,10% para 5,22 euros, o valor mais baixo desde 9 de Outubro.

 

Até ao momento já foram transaccionadas mais de 346 mil acções, acima das 340,9 mil que, em média, trocaram de mãos diariamente nos últimos seis meses.

 

As acções da Altri têm batido sucessivos máximos históricos, com o mais recente recorde fixado na sexta-feira (5,72 euros) antes da divulgação dos resultados trimestrais. Nessa sessão, os títulos acumulavam uma valorização de 53,31% nos últimos dois meses.

 

A empresa revelou, após o fecho da sessão de sexta-feira, que registou um resultado líquido de 68 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que representa um crescimento de 19,2% face ao mesmo período de 2016.

 

Considerando apenas o terceiro trimestre, as receitas subiram 11% para 165,5 milhões, enquanto os lucros aumentaram 57,1% para 26,4 milhões, acima das estimativas da generalidade das casas de investimento.

 

Numa nota de análise, o CaixaBI refere que os resultados "ficaram 11% acima da nossa estimativa a nível do EBITDA e 13% acima do resultado líquido", num trimestre caracterizado uma vez mais pela subia dos preços da pasta.

 

O Haitong, por seu lado, adianta que o EBITDA superou as previsões em 4%, e mostra-se cauteloso com a subida dos preços da pasta, que podem estar a atingir o seu pico. "Gostamos da forte geração de cash flow, mas receamos que os preços da pasta estejam próximos do pico", sublinham os analistas. "Além disso, estamos preocupados com o facto de as nossas estimativas terem algum risco de queda este ano, devido aos maiores custos que a empresa está a ter relacionados com o seu capex na Celtejo".

 

Já o BPI adianta que poderá rever em alta as suas estimativas para o preço da pasta este ano, o que poderá ter um impacto de 3% a 5% ao nível do EBITDA.

 

Na sequência dos resultados, a JB Capital Markets cortou a recomendação para as acções de "comprar" para "neutral" e aumentou o preço-alvo de 5,40 para 6 euros. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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