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Adeus, ações. Olá, obrigações. Wall Street cai para mínimos do início do ano

A aversão ao risco voltou à baila na última sessão e manteve-se no arranque de hoje em Wall Street.

Reuters
29 de Maio de 2019 às 14:39
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O vermelho já dominava a negociação na Europa - cujo principal índice está em mínimos de março - e agora passa também a dominar as bolsas norte-americanas. Wall Street abriu em queda nesta quarta-feira, 29 de maio, com os investidores a afastarem-se de "ativos de risco" como as ações e a correrem para as obrigações soberanas. 

O Dow Jones desce 0,67% para os 25.178,01 pontos, negociando em mínimos de fevereiro. O S&P500 desvaloriza 0,64% para os 2.784,58 pontos e o Nasdaq derrapa 0,68% para os 7.555,86 pontos, negociando em mínimos de março. 

A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, cujo desfecho tarda em chegar, está a deixar os investidores nervosos. Além do mais, a cada dia surgem notícias de que o conflito pode agravar-se.

Primeiro foi Donald Trump a declarar que os EUA e a China não estão preparados para fazer um acordo com a China. Depois chegou a notícia de que a Huawei vai subir o tom confrontacional com as autoridades norte-americanas. E ainda a possibilidade de a China impedir o fornecimento aos EUA de metais raros que são utilizados no fabrico de telemóveis

Esta incerteza levou à corrida dos investidores para obrigações soberanas, ativos que são vistos como mais seguros comparativamente com as ações. As bolsas norte-americanas fecharam ontem com uma queda de quase 1% ao passo que os juros norte-americanos baixaram para mínimos. O mesmo aconteceu no Japão e verifica-se atualmente na Europa. 

"A queda dos juros das obrigações norte-americanas é um indicador de que a incerteza está a crescer", classificou a economista-chefe da G Plus Economics, Lena Komileva, à Bloomberg TV. Nesta altura teme-se novamente que haja uma inversão da curva de rendimentos, o que sinalizaria que os investidores estão mais preocupados com que vai acontecer a curto prazo - temendo o impacto negativo da disputa comercial no crescimento económico - do que daqui a dez anos. 

Há também analistas que admitem que o mercado está já a incorporar o potencial efeito de uma nova ronda de tarifas dos Estados Unidos sobre os bens chineses, cuja lista já foi preparada pela Casa Branca. À Reuters, Justin Onuekwusi, analista da Legal & General Investment Management, diz que o "mercado está simplesmente a calcular qual será o impacto de uma nova ronda de tarifas uma vez que não acha que a retórica vá acalmar". 

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