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Actas da Fed animam Wall Street

As bolsas norte-americanas encerraram em alta, com as actas da Reserva Federal a animarem o sentimento dos investidores ao mostrarem que os responsáveis do banco central estão divididos quanto ao timing para começarem a reduzir o seu balanço.

Reuters
05 de Julho de 2017 às 21:17
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O Standard & Poor’s 500 encerrou a sessão desta quarta-feira em terreno positivo, a ganhar 0,15% para 2.432,54,41 pontos – fixando-se a apenas 1% do seu máximo histórico atingido a 19 de Junho.

 

O Dow Jones, por seu lado, encerrou praticamente inalterado, a resvalar 0,01% para 21.478,17 pontos, conseguindo assim recuperar das quedas que apresentava antes da divulgação das actas da Fed.

 

O índice tecnológico Nasdaq Composite também ficou mais animado nesta jornada e terminou a somar 0,67% para 6.150,85 pontos.

 

As tecnologias têm vindo a pressionar o Nasdaq nas últimas semanas, mas a divulgação das actas da Fed acabou por ajudar a sustentar o índice, o mesmo acontecendo com o Dow Jones – que também estava a negociar no vermelho antes de o documento do banco central ser publicado e acabou por conseguir depois terminar praticamente inalterado, com uma descida muito marginal.

 

Os responsáveis do comité de política monetária da Fed não conseguiram chegar a acordo, na reunião de 13 e 14 de Junho, quanto à data em que devem começar a "encolher" o seu vasto balanço, indicam as actas dessa reunião divulgadas esta quarta-feira.

 

"Vários membros preferiam anunciar o início do processo dentro de um par de meses. Outros enfatizaram que seria melhor adiar essa decisão para finais do ano, já que isso permitiria dispor de mais tempo para avaliar o panorama da actividade económica e da inflação", revelam as actas.

 

O banco central tem no seu balanço 4,5 biliões de dólares em obrigações, que acumulou depois de vários anos no terreno com um programa de compra de dívida ("quantitative easing"). Foi no passado dia 5 de Abril, com a divulgação das actas da reunião de Março, que ficou a saber-se que a Fed tinha sinalizado uma redução do seu balanço ainda para este ano.  E agora percebe-se que ainda não há consenso quanto à data em que este processo deve arrancar.

 

Além do balanço, a questão dos juros também se mantém na ordem do dia, esperando-se que a Fed ainda suba mais uma vez a taxa directora este ano. Ou seja, neste aspecto as expectativas não foram alteradas com a divulgação das últimas actas.

 

Um estratega do CIBC, Jeremy Strecht, comentou à Bloomberg que vê os mercados a serem mais influenciados pela política monetária do que pelas tensões com a Coreia do Norte – que lançou um míssil intercontinental na madrugada de terça-feira – e é isso que tem de facto estado a acontecer.

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