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A semana em oito gráficos: Receios de recessão mundial quebram bolsas e petróleo
As bolsas europeias e norte-americanas tiveram uma semana negativa, à conta dos receios em torno de uma recessão global, que justificam as políticas monetárias restritivas dos bancos centrais. Só a praça de Frankfurt conseguiu saldo positivo. O petróleo, por seu lado, afundou.
Stoxx 600 regressa às perdas
Os investidores estiveram mais pessimistas na semana agora terminada, sobretudo devido aos receios de uma recessão global, a par com a alta inflação, que deixam antecipar mais subidas dos juros dos bancos centrais. Na sexta-feira subiram, mas não o suficiente para um saldo semanal positivo. Só Frankfurt escapou.
PSI acompanha deslize europeu
O índice de referência nacional teve um saldo semanal vermelho, acompanhando a tendência da generalidade das restantes praças da Europa Ocidental. A castigar o desempenho do PSI esteve a energia, tendo o BCP ajudado a travar maiores perdas.
Energia escorrega em Lisboa
O setor da energia penalizou a praça lisboeta, com as únicas quatro quedas semanais do PSI a serem protagonizadas, respetivamente, pela Greenvolt, EDP Renováveis, EDP e Galp. Isto numa semana em que os preços do crude também afundaram.
Temenos afunda no Stoxx600
O grupo suíço de software bancário Temenos foi o título que mais caiu no Stoxx600, depois de na quinta-feira ter reportado uma queda das contas do terceiro trimestre e revisto em baixa as previsões para os seus resultados deste ano, justificando com o facto de os bancos estarem mais cautelosos devido à incerteza económica.
Wynn comanda recuos no S&P500
A norte-americana Wynn Resorts, que gere e opera hotéis e casinos, esteve entre as cotadas que cederam mais terreno no Standard & Poor’s 500. Isto porque em Macau, onde a Wynn opera casinos, os residentes não têm saído muito de casa devido à covid. Nem sequer na Golden Week, que decorreu de 1 a 7 de outubro e que costuma levar mais pessoas a jogar.
Euro cai face a moedas chave
A moeda única europeia depreciou-se na última semana face a moedas chave, como o dólar, libra e iene. O vice-presidente do BCE, o espanhol Luís de Guindos, reconheceu que a Zona Euro pode entrar em recessão técnica. Já a nota verde ganhou com a perspetiva de nova subida dos juros pela Fed.
Petróleo afunda com receios de recessão
O Brent perdeu mais de 5%, depois de duas semanas consecutivas em alta, tendo sido pressionado pelos receios de uma recessão global e consequente menor procura por petróleo. Também a robustez do dólar contribuiu para a queda do crude, que ficou menos atrativo para quem negoceia com outras moedas.
Juros da Zona Euro disparam
As “yields” das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se, numa altura em que a elevada inflação a nível mundial deixa antever a continuação do movimento de subida dos juros de referência por parte dos bancos centrais. A incerteza económica tem levado os investidores para outros ativos-refúgio, como o dólar.