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A semana em oito gráficos: maré vermelha para as bolsas, dólar e petróleo

As bolsas do Velho Continente registaram uma queda no acumulado da semana, com a China, Itália e Reino Unido a contribuírem para alvoroçar os mercados.

China, Itália e Reino Unido perturbam bolsas europeias

China, Itália e Reino Unido perturbam bolsas europeias
As bolsas do Velho Continente tiveram um saldo semanal negativo, com o forte contributo do Reino Unido, depois da sucessão de demissões no governo de Theresa May, na quinta-feira, devido ao acordo para o Brexit alcançado entre Londres e Bruxelas. Também o abrandamento da economia chinesa foi um dos factores que contribuiu para as quedas dos mercados accionistas um pouco por todo o mundo, além do facto de Itália ter batido o pé a Bruxelas ao não alterar o seu Orçamento para 2019.

PSI-20 cai mais de 2% no acumulado de segunda a sexta-feira

PSI-20 cai mais de 2% no acumulado de segunda a sexta-feira
O índice de referência nacional recuou 2,12% no cômputo da semana, aumentando para 8,77% a sua perda no acumulado do ano. O PSI-20 foi assim um dos índices da Europa Ocidental que mais terreno perdeu na semana, com a Mota-Engil a ser um dos principais factores de pressão.

Mota-Engil lidera descidas na praça lisboeta

Mota-Engil lidera descidas na praça lisboeta
A Mota-Engil foi a cotada do PSI-20 que mais desvalorizou esta semana, com uma perda de 10,59%. Na sexta-feira, a construtora cedeu 2,61%, tendo sido o quinto dia consecutivo a negociar no vermelho e numa sessão em que tocou no valor mais baixo (1,534 euros) desde Dezembro de 2016. A Mota-Engil teve assim um fraco desempenho ao longo da semana, apesar de ter anunciado na véspera a adjudicação de novos contratos na América Latina no valor de 200 milhões de euros.

AMS com pior desempenho no Stoxx600

AMS com pior desempenho no Stoxx600
A austríaca ams AG – anteriormente conhecida como austriamicrosystems AG e ainda conhecida como AMS (Austria Mikro Systeme) – foi a cotada do índice de referência europeu Stoxx600 que mais caiu no agregado da semana, ao recuar 32,10%, para mínimos de 52 semanas. A empresa, que concebe e fabrica soluções avançadas de sensores e semicondutores analógicos, é fornecedora da Apple na área de tecnologia de reconhecimento facial, e foi uma das fornecedoras de componentes da tecnológica da maçã que esta semana reviu em baixa as suas estimativas de resultados devido à previsão de uma menor venda de iPhones do que se esperava.

Abiomed perde com resultados clínicos bons mas não excelentes

Abiomed perde com resultados clínicos bons mas não excelentes
A Abiomed, fabricante norte-americana de dispositivos de implantes médicos, afundou 20,53% esta semana, tendo sido o título do Standard & Poor’s 500 que mais caiu, contribuindo para a perda agregada de 1,98% do índice esta semana. A penalizar a cotada esteve a divulgação de dados clínicos bons, mas não excelentes, sobre a segurança e fiabilidade de um dos seus produtos.

Dólar cai e Clarida ajuda a pressionar

Dólar cai e Clarida ajuda a pressionar
A nota verde depreciou-se face ao euro, no cômputo da semana, especialmente na sexta-feira, dia em que esteve a ser penalizado pelas declarações do vice-chairman da Reserva Federal norte-americana, Richard Clarida, que disse que o banco central dos EUA tem de ter em conta o panorama económico global e o facto de haver sinais de abrandamento do crescimento mundial. Isso fez diminuir a possibilidade de várias subidas de juros em 2019, o que está a pressionar o dólar. Face à libra, a moeda norte-americana ganhou terreno, mas por força da debilidade da divisa britânica num contexto de perturbação política em torno do Brexit.

Crude desce com tweet de Trump e receio de oferta excessiva

Crude desce com tweet de Trump e receio de oferta excessiva
As cotações do “ouro negro” subiram esta sexta-feira, devido à expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados acordem um corte de produção na reunião de 6 de Dezembro. No entanto, o saldo da semana foi negativo. A contribuir para as quedas desta semana esteve um tweet do presidente norte-americano, Donald Trump, em que criticou a Arábia Saudita por querer reduzir a sua oferta de crude em 500.000 barris por dia a partir de Dezembro e em que disse esperar que a OPEP não corte a produção. A pesar estiveram também os receios de que haja uma oferta excessiva no mercado face à procura, especialmente num contexto de abrandamento económico global.

Juros da dívida descem na Alemanha

Juros da dívida descem na Alemanha
Os investidores têm procurado refúgio nas obrigações alemãs (bunds) em alturas de maior instabilidade e foi isso que aconteceu de novo esta semana, com a maior aposta na dívida germânica e fazer cair 4 pontos base os juros das bunds a 10 anos, para 0,367%. Em sentido contrário estiveram as "yields" das obrigações italianas, portuguesas e espanholas, com as demissões no governo britânico a pesarem – isto numa semana em que o executivo transalpino desafiou a Comissão Europeia ao não alterar o seu Orçamento para 2019, algo que era exigido por Bruxelas.
17 de Novembro de 2018 às 09:30
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A praça lisboeta e os restantes mercados accionistas europeus desvalorizaram no acumulado das últimas cinco sessões.

 

A motivar a prudência dos investidores esteve, nomeadamente, o contexto político no Reino Unido, depois da sucessão de demissões no governo de Theresa May, na quinta-feira, devido ao acordo para o Brexit alcançado entre Londres e Bruxelas.

 

Também o abrandamento da economia chinesa foi um dos factores que contribuiu para as quedas dos mercados accionistas um pouco por todo o mundo, além do facto de Itália ter batido o pé a Bruxelas ao não alterar o seu Orçamento para 2019.

 

Já o dólar foi sobretudo pressionado pela perspectiva de uma desaceleração do ritmo de subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana, depois de o vice-presidente da Fed vir falar sobre um abrandamento económico mundial.

 

O petróleo, por seu turno, caiu no cômputo da semana devido a vários factores. Um deles foi um tweet do presidente norte-americano, com Donald Trump a criticar a Arábia Saudita por querer reduzir a sua oferta de crude em 500.000 barris por dia a partir de Dezembro e em que disse esperar que a OPEP não corte a produção.

 

A pesar na performance do "ouro negro" estiveram também os receios de que haja uma oferta excessiva no mercado face à procura, especialmente num contexto de abrandamento económico global.

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