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A semana em oito gráficos: Lisboa lidera perdas em semana negra nas bolsas

As bolsas mundiais viveram uma semana bastante negativa, à conta da ameaça de Donald Trump de agravar as tarifas aduaneiras sobre produtos chineses. A ameaça concretizou-se na sexta-feira.

Pior queda semanal do ano na Europa

Pior queda semanal do ano na Europa
As principais praças do Velho Continente registaram fortes recuos no cômputo de segunda a sexta-feira, registando a pior semana do ano. Aliás, o Stoxx 600 teve a maior desvalorização semanal desde outubro de 2018, ao perder 3,39%.

PSI-20 lidera perdas semanais

PSI-20 lidera perdas semanais
O índice de referência nacional recuou 4,01% no conjunto da semana, marcando assim a sua queda semanal mais acentuada desde fevereiro de 2018 e reduzindo para 9,32% a sua valorização desde o início do ano. O PSI-20 foi o índice que mais caiu na Europa Ocidental, tendo ainda assim conseguido reduzir as perdas à conta da subida de 1,09% na sexta-feira.

CTT foram a cotada que mais cedeu na praça lisboeta

CTT foram a cotada que mais cedeu na praça lisboeta
No PSI-20, os CTT foram o título que mais desvalorizou na semana, com uma perda acumulada de 7,87%. Aliás, foram cinco as cotadas que caíram mais de 7% na semana. Dos 18 títulos que compõem o índice de referência nacional, nenhum ganhou terreno: 17 tiveram um saldo negativo e a Ramada ficou inalterada.

Ambu com o pior desempenho do Stoxx600

Ambu com o pior desempenho do Stoxx600
A Ambu, empresa dinamarquesa de tecnologia médica, foi a cotada do índice de referência europeu Stoxx600 que mais terreno cedeu no agregado da semana, ao desvalorizar 22,18%. A empresa, que teve o melhor desempenho da bolsa dinamarquesa na última década, ao disparar 5.000%, foi penalizada pelo anúncio surpresa da saída do seu CEO, Lars Marcher, que será substituído a 15 de maio por Juan-José Gonzalez que esteve vários anos na Johnson & Johnson.

Symantec penaliza S&P 500

Symantec penaliza S&P 500
A norte-americana Symantec, dona da marca Norton – que desenvolve produtos de segurança na Internet, afundou 19,92% esta semana, tendo sido o título do Standard & Poor’s 500 que mais terreno perdeu. A empresa informou que a sua unidade de segurança corporativa teve resultados mais fracos do que o esperado, mas acredita que a sua estratégia geral funcione e fez mudanças na liderança da companhia ao anunciar um novo CEO e ao substituir também o CFO.

Guerra comercial e dados económicos pressionam dólar

Guerra comercial e dados económicos pressionam dólar
A moeda norte-americana desvalorizou, com especial relevo na sexta-feira, depois de terem sido divulgados os dados relativos aos preços no consumidor nos Estados Unidos, relativos a abril, que ficaram abaixo do que era esperado pelo mercado. A tensão entre chineses e norte-americanos também tem vindo a pressionar o dólar, com os investidores a temerem que o conflito leve a Reserva Federal a cortar a taxa de juro diretora dos EUA. Neste cenário, o índice da Bloomberg que mede o comportamento da moeda norte-americana face a um cabaz das principais divisas mundiais recuou, acumulando a segunda semana consecutiva no vermelho. Desagregadamente, o euro registou o segundo ganho semanal face à nota verde.

Ouro valoriza com tensões comerciais

Ouro valoriza com tensões comerciais
Enquanto os restantes ativos vão sendo penalizados pelas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, os investidores procuram o ouro como valor-refúgio. O metal precioso somou, neste contexto, a segunda semana consecutiva de ganhos, destacando-se entre matérias-primas como o petróleo, cobre ou algodão, que registaram quedas no cômputo de segunda a sexta-feira.

Juros alemães sobem e portugueses descem

Juros alemães sobem e portugueses descem
As taxas de juro das obrigações a 10 anos de Portugal, Espanha e Alemanha recuaram no cômputo da semana, mas as "yields" dos títulos soberanos de Itália subiram – o que significa que houve um menor investimento na compra de dívida transalpina.
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As principais bolsas mundiais caíram no cômputo da semana, fortemente pressionadas pelo anúncio do presidente norte-americano de que iria aumentar de 10% para 25% as tarifas aduaneiras sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares de produtos chineses.

 

Do anúncio à concretização foi um ápice. Apesar de uma delegação chinesa ter estado em Washington a tentar alcançar um acordo, isso não aconteceu. E depois da ameaça de Donald Trump no passado domingo, que fez os mercados arrancarem a semana logo no vermelho, a concretização desse agravamento das tarifas chegou à primeira hora desta sexta-feira.

 

Apesar de as bolsas europeias terem conseguido ganhos na sexta-feira – com o PSI-20 a ganhar mais de 1% muito à conta do bom desempenho do BCP após o anúncio na véspera de fortes lucros no primeiro trimestre –, o saldo semanal foi claramente negativo: tratou-se da pior semana do ano para as bolsas europeias e norte-americanas.

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