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A semana em oito gráficos: Dólar e juros dos EUA em alta com petróleo em máximos de 2014

As bolsas europeias fecharam a semana com um saldo positivo, numa altura em que os investidores vão digerindo os resultados trimestrais que já foram anunciados. Nos EUA, além dos mercados accionistas, também os juros da dívida e o dólar negociaram em alta.

Índice londrino lidera valorização na Europa

Índice londrino lidera valorização na Europa
Entre as principais praças europeias, o índice britânico FTSE esteve entre os que mais se destacaram nas subidas durante esta semana. A bolsa de Londres somou 1,34% no saldo de segunda a sexta-feira, numa altura em que os investidores continuam a acreditar no potencial de valorização das acções europeias.

PSI-20 ganha perto de 1% na semana

PSI-20 ganha perto de 1% na semana
O índice de referência nacional ganhou 0,92% no cômputo da semana, elevando para 2,58% a sua subida no acumulado do ano. A praça lisboeta ganhou terreno com a ajuda sobretudo da Pharol – que nas duas últimas sessões da semana fechou a ganhar mais de 6% – e da Altri, que encerrou na sexta-feira em máximos históricos, nos 5,90 euros. As maiores quedas da semana couberam à EDP Renováveis e à Semapa.

Pharol dispara perto de 9%

Pharol dispara perto de 9%
A Pharol teve, de longe, o melhor desempenho da semana no PSI-20, a escalar 8,82% - muito à conta das duas últimas sessões, em que fechou a somar mais de 6% em cada uma delas, sem aparente justificação para esta performance. Do lado oposto, a EDP Renováveis recuou 2,41% no saldo semanal. Na quarta-feira, a empresa liderada por João Manso Neto viu a sua avaliação melhorada pelo Berenberg, mas sem margem para uma subida de acções.

Ericsson dá ímpeto aos ganhos do Stoxx600

Ericsson dá ímpeto aos ganhos do Stoxx600
A empresa sueca de telecomunicações Ericsson escalou 23,17% esta semana, tendo tido o melhor desempenho do índice de referência europeu Stoxx600. A Ericsson reduziu as suas perdas no primeiro trimestre, face ao período homólogo do ano passado, ao reportar um prejuízo de 700 milhões de coroas suecas (67,4 milhões de euros), o que fez com que as acções disparassem em bolsa. A segunda cotada do Stoxx600 com melhor desempenho, foi a Steinhoff International, dona da Conforama, que teve contudo uma sessão muito volátil na sexta-feira, tendo disparado 20% depois de ter chegado a afundar perto de 30% devido ao facto de ter assumido que os seus lucros e activos foram sobrevalorizados durante vários anos.

Xerox anima S&P 500

Xerox anima S&P 500
A norte-americana Xerox protagonizou a maior subida do índice Standard & Poor’s 500, ao ganhar 11,43% na semana. As acções estiveram a ser sustentadas pelo anúncio de que a Xerox e a japonesa Fujifilm estão em conversações para tentarem renegociar um acordo de fusão, que ficou em suspenso no passado mês de Janeiro depois de os principais accionistas da empresa de impressoras, Darwin Deason e Carl Icahn, terem dito que este favorecia a Fuji.

Dólar regista melhor semana do ano

Dólar regista melhor semana do ano
A nota verde valorizou face às suas principais congéneres no cômputo semanal, nomeadamente contra o euro e a libra esterlina. O índice da Bloomberg para o dólar, que mede o comportamento da moeda norte-americana face a um cabaz que reúne as principais divisas mundiais, marcou a sua melhor semana desde Dezembro, com um ganho de 0,92%. O dólar esteve a ser animado pela subida dos juros da dívida norte-americana, num contexto de expectativa de aumento da inflação.

Petróleo avança com novos impulsos

Petróleo avança com novos impulsos
As cotações do crude tiveram uma semana positiva, chegando a negociar em máximos de Novembro de 2014, sustentadas sobretudo pela queda das reservas norte-americanas de crude na semana passada [que se fixaram abaixo da média de cinco anos pela primeira vez desde 2014], o que revela que o excedente dos inventários desta matéria-prima está a diminuir nos EUA. Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e principais aliados, como a Rússia, mostraram-se favoráveis a uma extensão do actual acordo de corte de produção. Os preços ainda quebraram quando o presidente norte-americano, Donald Trump, criticou na sexta-feira os preços do crude, considerando-os “artificialmente elevadíssimos”, mas foi sol de pouca dura e depressa regressaram aos ganhos. A Arábia Saudita, depois de na semana passada ter dito que visa ter o petróleo no patamar dos 80 dólares por barril, já elevou essa perspectiva para os 100 dólares, o que também animou os mercados.

Juros das obrigações nos EUA sobem na semana

Juros das obrigações nos EUA sobem na semana
Apesar de esta semana ter havido algum alívio dos receios em torno das tensões comerciais e geopolíticas, os investidores continuaram a optar por aplicações mais seguras, como a dívida norte-americana e o iene. A aposta nas obrigações do Tesouro dos EUA manteve-se, com os juros da dívida no prazo a 10 anos – que é o vencimento de referência – a subirem 10,55 pontos base para 2,9322%.
21 de Abril de 2018 às 09:30
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A bolsa nacional valorizou perto de 1% esta semana, elevando para 2,58% o ganho desde o início do ano – isto depois de ter sido a única praça da Europa Ocidental a fechar o primeiro trimestre no verde.

 

A cotada com melhor performance do PSI-20 foi a Pharol [depois de na semana passada ter sido o título que mais caiu], a disparar 8,82% no conjunto dos cinco dias, ao passo que a EDP Renováveis travou os ganhos do índice de referência nacional, a perder 2,41% entre segunda e sexta-feira.

 

As restantes bolsas europeias negociaram também, generalizadamente, em alta, numa altura em que os investidores estão atentos à época de apresentação dos resultados trimestrais - por cá, na próxima semana está marcado o arranque para quinta-feira com a Jerónimo Martins.

 

A sobressair nas subidas do Velho Continente esteve a praça londrina, com o FTSE a somar 1,34%.

 

Entre as cotadas europeias que mais se destacaram pelo lado positivo estiveram a sueca Ericsson e a Steinhoff International – que apesar de ser sul-africana está também cotada na Europa, mais concretamente no mercado alemão.

 

Nos EUA, os principais índices tiveram uma performance positiva no acumulado da semana, e o dólar registou a melhor semana desde Dezembro passado – muito à conta da subida dos juros da dívida do país.

 

Nas matérias-primas, o petróleo ganhou terreno com a queda das reservas nos EUA e a possibilidade de prolongamento do actual programa de corte da produção implementado pela OPEP e outros grandes países produtores de crude, como a Rússia. 

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