Notícia
IMF – Relatório de Emprego dos EUA surpreendeu
BoE poderá ser mais agressivo nos cortes de taxas; Nonfarm Payrolls bastante acima do esperado em setembro; Petróleo em recuperação; Ouro estabilizou.
| BoE poderá ser mais agressivo nos cortes de taxas
Andrew Bailey, governador do Banco de Inglaterra (BoE), afirmou que a instituição poderá vir a ter uma abordagem "mais ativista" em termos de cortes da taxa de juro de referência, se a inflação continuar a recuar, mas tendo em mente que o conflito no Médio Oriente pode levar a uma subida dos preços da energia. Bailey diz sentir-se confiante pela forma como as pressões inflacionistas se têm revelado menos persistentes, mas que os acontecimentos no Médio Oriente são uma preocupação, mesmo havendo um forte empenho em manter o mercado petrolífero estável. Entretanto, um inquérito da instituição revelou que as expectativas de crescimento salarial nos próximos 12 meses fixaram-se nos 4.1%, face aos 5.7% registados nos 3 meses até setembro. O mercado atribui agora uma probabilidade de 93% a um corte de 25 pontos base nas taxas do BoE na próxima reunião, em novembro, e isso levou a uma queda significativa da libra.
| Nonfarm Payrolls bastante acima do esperado em setembro
O Relatório de Emprego dos EUA indicou que foram criados 254 mil empregos em setembro, bastante acima dos 144 mil esperados. Os dados de agosto foram revistos em alta, de 142 mil para 159 mil empregos. A taxa de desemprego recuou para 4.1% em setembro, abaixo dos 4.2% esperados e registados em agosto. Os salários médios por hora cresceram 4%, face ao período homólogo, acima dos 3.8% esperados e da revisão em alta de 3.8% para 3.9% em agosto. Em cadeia, o crescimento foi de 0.4%, acima dos 0.3% esperados, mas abaixo dos 0.5% registados no mês anterior. Esta recuperação do mercado laboral acaba por ser um desincentivo para cortes de taxas agressivos por parte da FED, que cortou 50 pb em setembro após dados do emprego fracos em julho e agosto. O dólar ganhou força, levando o Eur/Usd para níveis abaixo dos $1.10, onde renovou mínimos de dia 15 de agosto. O mercado passou a atribuir uma probabilidade de 6%, face aos 35% anteriores, a que o corte de 25 pb dado como certo para a próxima reunião da FED seja de 50 pb.
Após na semana anterior ter renovado máximos de julho de 2023 ligeiramente acima dos $1.12, o Eur/Usd teve uma semana de correção, que se estendeu por todas as sessões da semana ao ponto de quebrar em baixa os suportes dos $1.11 e $1.10 e renovar mínimos de dia 15 de agosto perto dos $1.0960. O indicador MACD inverteu o sinal de compra que apresentava e foi abrindo cada vez mais o seu sinal de venda. Deste modo, o par aproximou-se da média móvel a 200 dias, atualmente fixada nos $1.0873.
| Petróleo em recuperação
O petróleo registou uma semana de valorização, apoiado por um escalar de tensões no Médio Oriente, após diversos ataques entre o Irão e Israel. O discurso em que Joe Biden afirmou que os EUA estavam a discutir um ataque israelita às instalações petrolíferas do Irão levou a uma subida significativa dos preços observado na passada quinta-feira.
O preço do petróleo teve uma semana de recuperação, tendo ressaltado no suporte dos $67/barril e subido ao longo da semana até quebrar em alta a resistência dos $72.5/barril e, na sexta-feira, renovar máximos de mais de 1 mês acima dos $75/barril.
| Ouro estabilizou
O ouro teve uma semana pouco movimentada. Por um lado, foi beneficiando do seu estatuto de ativo de refúgio, à medida que as tensões no Médio Oriente foram aumentando, mas, por outro foi prejudicado por uma diminuição das expectativas de um corte de 50 pontos base nas taxas de juro da FED na próxima reunião de novembro.
O ouro está a tentar estabilizar em torno dos $2660/onça, ligeiramente abaixo dos máximos históricos de $2685/onça registados na semana anterior. O metal precioso continua com um suporte robusto ao nível dos $2470/onça.
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