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IMF – Libra registou semana de ganhos

A libra ganhou ímpeto; O Eur/Usd segue estável e a economia alemã cresceu mais do que o esperado; Petróleo renovou mínimos de janeiro; Ouro estabilizou nos $1750

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| Libra registou ganhos, mas futuro é incerto

A libra tem recuperado face à generalidade das moedas, tendo esta semana apresentado uma valorização relevante face ao Euro. É ainda importante mencionar que, face ao dólar, a libra já apresentou ganhos por 3 semanas consecutivas. Não obstante, os ganhos poderão ser apenas temporários, permanecendo a moeda britânica vulnerável, dada a envolvente económica presente no Reino Unido. Na última semana, foi divulgado que a atividade económica poderá vir a contrair, tendo o PMI preliminar Composto (Indústria e Serviços) de novembro se fixado em 48,3 pontos, apenas marginalmente acima dos 48,2 de outubro (mínimos de dois anos). É de notar que qualquer leitura abaixo dos 50 pontos representa uma contração. Este abrandamento da atividade económica poderá apontar para uma necessidade de continuação do ciclo de subida das taxas de juro, tendo recentemente o Vice-Governador do Banco de Inglaterra (BoE) apoiado mais subidas. No entanto, o mesmo ainda indicou que consideraria cortar as taxas caso a economia e as pressões inflacionistas fossem diferentes das suas expetativas. Ramsden é o último membro do Comité de Política Monetária a mencionar a possibilidade de reduzir as taxas de juro em algum momento, após o BoE ter dito no início deste mês que as expectativas do mercado para os juros de cerca de 5% eram demasiado elevadas.

O Eur/Gbp apresentou uma semana de perdas, tendo recuado para perto das £0,8570. Nos últimos meses, o par tem apresentado uma lateralização em torno de tal nível, utilizando como suporte as £0,8570 para impedir quedas mais extensas. Espera-se que o par teste tal suporte e caso tenha-sucesso, realize uma inversão de tendência, continuando a recuar mais.

| Eur/Usd estável. Economia alemã cresceu mais do que o esperado

O Eur/Usd foi subindo ligeiramente ao longo da semana, mas acabou por perder algum terreno na sexta-feira, acabando por encerrar a semana com saldo praticamente nulo. Por esta altura, alguns membros da Fed e do BCE têm sugerido que está provavelmente a chegar a altura de abrandar o ritmo de subida das taxas de juro. Sustentando a estabilidade cambial estão divulgações positivas, como a de que a economia alemã cresceu um pouco mais do que o esperado no terceiro trimestre deste ano. O PIB cresceu 0,4% em cadeia, resultando num incremento homólogo de 1,3%, ambos 0,1 pontos percentuais acima das expetativas. O crescimento foi impulsionado, sobretudo, pelos gastos dos consumidores, que aumentaram 1% q/q face ao trimestre anterior, sugerindo que a esperada recessão que atingirá a maior economia europeia nos próximos meses poderá não ser tão severa como o inicialmente esperado (o governo aponta para uma contração de 0,4% em 2023). Estes números surgem após um relatório do instituto Ifo ter mostrado que, entre os retalhistas, houve uma notável diminuição do pessimismo relativamente aos próximos meses.

A nível técnico, o Eur/Usd continua a beneficiar de alguma fraqueza do dólar e há espaço para uma subida adicional do Eur/Usd no curto prazo. É provável que o máximo do ano do dólar esteja feito.

| Petróleo renovou mínimos de janeiro

Os preços do petróleo mostraram-se voláteis na última semana, tendo recuado até registar novos mínimos de inícios de janeiro de 2022, nos $75/barril, utilizando esse nível como suporte para ressaltar novamente para perto dos $80. Os principais fatores que mais marcaram o "ouro negro" esta semana foram as preocupações criadas sobre a procura da China, visto o país ter apresentado um número recorde de infeções de Covid-19 e as discussões por parte dos G7 e da União Europeia sobre a imposição de um preço máximo no petróleo da Rússia. Ainda é relevante mencionar que o Iraque anunciou o seu apoio aos cortes de produção da OPEC+.

A nível técnico, o crude apresentou perdas na última semana, ao ponto de ter recuado até ao suporte dos $75. No curto prazo, espera-se que o "ouro negro" prossiga em queda, voltando eventualmente a testar esse suporte em breve.

| Ouro estabilizou nos $1750

O ouro encerrou a semana virtualmente inalterado, em torno de $1750/onça. Esta estabilização, semelhante à do dólar, poderá advir do facto de vários membros da Fed terem começado a apresentar uma postura mais "branda" no que toca à dimensão das escaladas das suas taxas de juro.

Na última semana, o ouro transacionou em torno o nível dos $1750 /onça, após anteriormente ter apresentado uma valorização que ultrapassou por completo a linha superior descendente do canal em que transacionava desde o início do ano. Após esta ligeira consolidação no nível supramencionado, espera-se que o metal precioso continue a valorizar, continuando a tendência bullish que apresenta este mês.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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