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IMF – Inflação subjacente da Zona Euro coloca pressão no BCE

BOJ poderá alterar a sua política de controlo de yields; Inflação subjacente da Zona Euro coloca pressão no BCE; Petróleo testa os $75,50; Ouro renovou máximos de março de 2022

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| BOJ poderá alterar a sua política de controlo de yields

O novo vice-governador do Banco do Japão (BoJ), Shinichi Uchida, afirmou que a instituição poderá considerar diversos passos em termos de política monetária, quando se verificar uma subida nas perspetivas de que a inflação atingirá de forma sustentável a meta de 2%. Adicionalmente, indicou que, caso as condições sejam propensas a tal, o BOJ poderá aplicar alguma alteração à sua política de controlo de yields das obrigações soberanas – nesse caso o ajuste tornar-se-á "sem dúvida" uma possibilidade. Posteriormente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou que o BOJ deveria avaliar permitir que as suas taxas de juro de longo prazo se movessem de forma mais flexível, mesmo enquanto mantém a sua política monetária "ultra-acomodatícia". Segundo a instituição, o Banco Central seria capaz de mitigar a pressão sobre as instituição financeiras ao expandir o seu limiar máximo, que de momento se encontra nos 0,5% para as obrigações a 10 anos. O FMI ainda indicou haver o risco de a inflação do Japão subir inesperadamente, impulsionada por uma escalada nos salários superior à esperada. Numa outra nota, é de mencionar que o novo governador do BOJ, Kazuo Ueda, irá tomar posse neste mês de abril. Assim, ao longo da última semana, o Iene caiu quase 3% face ao euro e quase 2% face ao dólar norte-americano.

Em termos técnicos, na semana passada, o Eur/Jpy apresentou uma valorização forte, tendo quebrado a sua resistência nos 142,5 ienes e estando de momento a testar a sua seguinte resistência nos 145 ienes.


| Inflação subjacente da Zona Euro coloca pressão no BCE

Segundo os dados preliminares do Eurostat, a inflação preliminar harmonizada de março da Zona Euro recuou para os 6,9%, face ao período homólogo, abaixo dos 7,1% esperados pelo mercado e dos 8,5% registados no mês de fevereiro. Este foi o maior abrandamento da inflação verificado pelo Eurostat até ao momento. Em cadeia, a inflação subiu 0,9%, acima dos 0,8% esperados e registados no mês anterior. É de mencionar que, apesar da inflação homóloga ter recuado, verificou-se um aumento da inflação subjacente, que exclui componentes mais voláteis como os preços da energia e dos alimentos, para os 5,7% y/y, face aos 5,6% registados no mês anterior, tendo em cadeia apresentado uma subida de 1,2%, comparativamente com a leitura de 0,8% de fevereiro. A subida da inflação subjacente poderá colocar pressão no BCE para realizar mais subidas nas suas taxas de referência, visto a instituição ter anunciado que a decisão das suas próximas reuniões está dependente da divulgação de dados, em concreto precisamente do nível na inflação subjacente. Antes de tal divulgação, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, indicou que o seu cenário base prevê uma dissipação da turbulência criada pelo setor bancário e que ainda são necessários incrementos nas taxas de juro para que a inflação atinga a meta de 2%. Numa nota mais positiva, adicionou que, mesmo que a inflação permaneça elevada, já se começa a verificar uma moderação nas pressões dos preços no início das cadeias de produção, esperando-se que tal alívio seja transmitido aos consumidores ao longo do tempo.

A nível técnico, na última semana o Eur/Usd apresentou uma recuperação para níveis em torno dos $1,09. Espera-se que o par dê seguimento à lateralização que tem vindo a apresentar nos últimos meses, entre o seu suporte nos $1,05 e a sua resistência nos $1,10.


| Petróleo testa os $75,50

Na semana passada, os preços apresentaram uma valorização sustentável, enquanto as preocupações sobre uma crise bancária global diminuíram após os bancos em questão terem sido resgatados e as autoridades competentes terem assegurado a solidez do sistema financeiro dos EUA e da Europa.

O petróleo valorizou na última semana, tendo ressaltado dos $70, ao ponto de superar a sua resistência nos $72,25, estando de momento a testar a seguinte resistência nos $75,5, onde se encontra a média móvel de 200 dias. Espera-se que, caso a matéria-prima tenha sucesso na quebra, o referido nível passe a servir como um novo suporte.


| Ouro renovou máximos de março de 2022

Após uma valorização rápida em meados do mês, o ouro estabilizou, enquanto as preocupações sobre a possibilidade de uma crise bancária global diminuíram após se ter verificados resgates aos bancos afetados e as autoridades europeias e norte-americanas terem assegurado a solidez dos respetivos sistemas financeiros.

Na última semana, o ouro falhou o teste à resistência dos $2000, tendo posteriormente encontrado um suporte nos $1950, tendo desde então transacionado de forma horizontal dentro desse canal. Parece estar a ser feita uma consolidação a preceder um novo teste em alta.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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