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IMF – Inflação da Zona Euro em novos máximos

Eur/Chf atingiu a paridade; Eur/Usd perdeu terreno; Petróleo e ouro fecharam semana no “vermelho”

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| Euro recuou abaixo de paridade face ao franco suíço

Na última semana, um dos principais destaques recaiu sobre o franco suíço, com a divisa a atingir e superar o nível de paridade com o euro pela primeira vez desde o início da guerra na Ucrânia. A contribuir para a valorização da moeda está um aumento generalizado da aversão ao risco, que tende a beneficiar ativos considerados mais seguros, como é o caso do franco. A moeda tem vindo a ganhar terreno desde que o SNB subiu inesperadamente a sua taxa de juro diretora em 50 pontos base no início deste mês e continua pronto a realizar mais incrementos de forma a mitigar a inflação, se necessário. Neste tema, o Goldman Sachs revelou recentemente esperar que a taxa diretora suíça suba para 1,5% daqui a um ano, face aos atuais -0,25%. Para além disto, a fraqueza generalizada do euro também contribui para o movimento descendente do par.

A nível técnico, o Eur/Chf apresenta uma clara tendência de queda desde 2018, transacionando dentro de um canal descendente. Recentemente, o par tem vindo a testar níveis perto de 1 franco por euro, mas ainda o conseguiu ainda superar de forma muito significativa. Espera-se que continue a testar este nível até o eventualmente quebrar de forma mais clara.

| Inflação na Zona Euro atingiu nível recorde. Pressão sobre o BCE aumenta

Na sexta-feira foram apresentados os números preliminares da inflação na Zona Euro em junho. Os preços no consumidor terão subido 8,6% de forma homóloga, acima dos 8,1% de maio e dos 8,4% esperados. Esta leitura, a confirmar-se, corresponderá ao nível mais elevado desde que há registo na Zona Euro e coloca pressão adicional para o BCE realizar subidas de taxas mais de maior dimensão. Os dados refletem um aperto crescente nas famílias e empresas em toda a Zona Euro, com França, Itália e Espanha reportaram novos máximos históricos da inflação esta semana. A Alemanha apenas registou um abrandamento na subida dos preços graças a cortes nos impostos sobre combustíveis e descontos nos transportes públicos que são temporários. Nos países da região do Báltico, o crescimento dos preços ultrapassou os 20%.

O Eur/Usd teve uma semana algo volátil. A tendência para o curto-prazo encontra-se mais bearish, tendo o par se aproximado do importante suporte dos $1,0350 nas sessões de quinta e sexta-feira. Para o longo prazo a tendência é ainda mais negativa, sendo esperado que o par eventualmente quebre o referido suporte e dê continuidade ao movimento descendente que vem a descrever desde o segundo trimestre de 2021, aproximando-se do nível de paridade.

| Receios de recessão penalizaram petróleo

O petróleo encerrou a última semana com amplas perdas. O sentimento é agora mais negativo para o "ouro negro", como resultado da incerteza sobre a política que a OPEP e seus aliados irão adotar a partir de setembro, assim como se teme cada vez mais que a Fed e outros grandes bancos centrais realizem subidas agressivas das taxas de juro, o que poderá resultar numa recessão em várias geografias, nomeadamente nos EUA. É de notar que, na quinta-feira, a OPEP concordou em manter a sua estratégia de produção, mas optou por não oferecer qualquer detalhe sobre a política a partir de setembro. Anteriormente, a OPEP tinha aumentado a produção mensal em 648 mil barris por dia em julho em agosto, acima do inicialmente esperado de 432 mil.

A nível técnico, o crude não conseguiu quebrar de forma significativa o nível dos $120 em alta, acabando por corrigir em baixa, quebrando o suporte dos $110 e chegando a aproximar-se dos $100. Contudo, este último nível dos $100 tem provado ser robusto, pelo que se espera que a matéria-prima permaneça acima deste no curto prazo.

| Ouro em queda pela terceira semana consecutiva

O ouro registou a sua terceira semana consecutiva de perdas, penalizado por um dólar mais robusto, assim como pelas perspetivas de taxas de juro mais elevadas, que acabam por retirar alguma atratividade ao metal precioso. Para além disto, destaque para o aumento de impostos de importação por parte da Índia, que os mercados temem que também irá penalizar a procura sobre o ouro. A Índia, o segundo maior consumidor mundial de ouro, aumentou os seus direitos de importação básicos sobre o ouro de 7,5% para 12,5%, numa tentativa de reduzir o défice comercial.

O ouro apresenta uma bearish para ao curto-prazo, estando a testar níveis abaixo do suporte dos $1800. Caso acabe por quebrar este nível, ficará com caminho livre para recuar até aos $1750.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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