Notícia
IMF – Iene pressionado com atenuar dos conflitos comerciais
Washington e Pequim criam condições favoráveis às negociações e pressionam o iene; Eur/Usd voltou a ressaltar nos $1.0930, após anúncio de novo programa de QE; Receios em torno da economia global levam o crude a registar perdas semanais; Ouro volta aos $1480, mas espera-se que volte a subir.
16 de Setembro de 2019 às 11:30
Washington e Pequim criam condições favoráveis às negociações e pressionam o iene
O iene tem vindo a perder terreno face a um cabaz de moedas, à medida que a diminuição das tensões comerciais continua a aumentar o apetite pelo risco. Washington e Pequim têm vindo a preparar-se uma nova ronda de negociações comerciais para resolver o conflito que já dura há mais de um ano, pressionando os mercados e ameaçando outras economias com a possibilidade de recessão. Ambas as partes têm vindo a ceder concessões, cumprindo a promessa de criar condições favoráveis para que as negociações possam avançar. O iene, amplamente considerado como um ativo de refúgio durante turbulências no mercado, acabou por recuar.
Tecnicamente, o Eur/Jpy tem vindo a recuperar dos mínimos de março de 2017, estando já negociar nos 120 ienes. O MACD dá um claro sinal de compra, mas é necessário aguardar pela reação do par aos 120 ienes e à linha de tendência descendente de médio-prazo. Na eventualidade de uma quebra a perspetiva bullish será intensificada.
Eur/Usd voltou a ressaltar nos $1.0930, após anúncio de novo programa de QE
Nas minutas da última reunião do BCE foi divulgado que a instituição decidiu cortar taxas de depósito para -0.50% e retomar o programa de quantitative easing, com um ritmo de compra de obrigações de €20mM/mês com início a 1 novembro que permanecerá "enquanto for necessário para reforçar o impacto acomodatício das taxas" segundo Draghi. O líder do BCE reiterou a elevada necessidade de uma política acomodatícia, mas adicionou que a política fiscal tem de assumir responsabilidade. Relativamente às taxas de juro negativas Draghi mencionou que têm sido positivas para a economia, mas que existem alguns efeitos secundários. De modo a mitigar essas consequências sobre os bancos da ZE, os termos da nova ronda de TLTROs serão mais flexíveis e o BCE irá introduzir taxas de depósitos escalonadas, afirmações que sustentam a especulação de que mais cortes poderão estar no horizonte.
Tecnicamente, o Eur/Usd recuperou de mínimos de dois anos e quebrou a linha de tendência descendente de curto-prazo. No entanto, encontra-se pela frente um enorme nível de resistência, os 38.2% de retração de fibonacci juntamente com a linha superior do canal descendente em que o par segue. A possibilidade inclina-se para que o par falhe o teste e voltar a recuar para os $1.09-$.1.10.
Receios em torno da economia global levam o crude a registar perdas semanais
O preço do barril de crude iniciou a semana em alta, beneficiando do alívio das tensões comerciais entre os EUA-China. Contudo, relatos de que Trump está a considerar reduzir a pressões e tensões sobre o Irão levou os preços do petróleo a registar uma queda acentuada. A limitar as perdas do ouro negro estiveram a queda de 6.9 milhões de barris dos inventários de crude norte-americanos (quando se esperava uma queda de 2.6 milhões de barris) e o compromisso da OPEP de reduzir a produção.
Tecnicamente, o crude inverteu a tendência de queda que vinha a registar, tendo inclusivo testado os $58/barril. Apesar de a matéria-prima ter recuado e estar a testar a linha de tendência ascendente de curto-prazo, espera-se que o ouro negro ressalte e volte a subir acima dos $57.
Ouro volta aos $1480, mas espera-se que volte a subir
O metal precioso iniciou a última semana a recuar, à medida que os EUA e a China vão fazendo concessões em algumas medidas de forma a impulsionar as negociações já no próximo mês. O metal ainda registou alguma volatilidade durante o anúncio de que o BCE irá retomar o programa de quantitative easing e após Trump ter anunciado estar disposto a fazer um acordo interino com a China, mas acabou por permanecer em torno dos $1500.
Tecnicamente, como foi mencionado o ouro corrigiu para os $1480, mas prevê-se que esta movimentação seja uma ligeira correção, sendo esperado que o metal precioso consiga voltar a subir e definir um novo máximo relativo, formando uma figura de alargamento. É de notar que uma figura de alargamento geralmente aparece na proximidade do fim de uma tendência, ou seja, caso este teste novo máximos, poderá voltar a recuar e testar novamente os $1480.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
O iene tem vindo a perder terreno face a um cabaz de moedas, à medida que a diminuição das tensões comerciais continua a aumentar o apetite pelo risco. Washington e Pequim têm vindo a preparar-se uma nova ronda de negociações comerciais para resolver o conflito que já dura há mais de um ano, pressionando os mercados e ameaçando outras economias com a possibilidade de recessão. Ambas as partes têm vindo a ceder concessões, cumprindo a promessa de criar condições favoráveis para que as negociações possam avançar. O iene, amplamente considerado como um ativo de refúgio durante turbulências no mercado, acabou por recuar.
Eur/Usd voltou a ressaltar nos $1.0930, após anúncio de novo programa de QE
Nas minutas da última reunião do BCE foi divulgado que a instituição decidiu cortar taxas de depósito para -0.50% e retomar o programa de quantitative easing, com um ritmo de compra de obrigações de €20mM/mês com início a 1 novembro que permanecerá "enquanto for necessário para reforçar o impacto acomodatício das taxas" segundo Draghi. O líder do BCE reiterou a elevada necessidade de uma política acomodatícia, mas adicionou que a política fiscal tem de assumir responsabilidade. Relativamente às taxas de juro negativas Draghi mencionou que têm sido positivas para a economia, mas que existem alguns efeitos secundários. De modo a mitigar essas consequências sobre os bancos da ZE, os termos da nova ronda de TLTROs serão mais flexíveis e o BCE irá introduzir taxas de depósitos escalonadas, afirmações que sustentam a especulação de que mais cortes poderão estar no horizonte.
Tecnicamente, o Eur/Usd recuperou de mínimos de dois anos e quebrou a linha de tendência descendente de curto-prazo. No entanto, encontra-se pela frente um enorme nível de resistência, os 38.2% de retração de fibonacci juntamente com a linha superior do canal descendente em que o par segue. A possibilidade inclina-se para que o par falhe o teste e voltar a recuar para os $1.09-$.1.10.
Receios em torno da economia global levam o crude a registar perdas semanais
O preço do barril de crude iniciou a semana em alta, beneficiando do alívio das tensões comerciais entre os EUA-China. Contudo, relatos de que Trump está a considerar reduzir a pressões e tensões sobre o Irão levou os preços do petróleo a registar uma queda acentuada. A limitar as perdas do ouro negro estiveram a queda de 6.9 milhões de barris dos inventários de crude norte-americanos (quando se esperava uma queda de 2.6 milhões de barris) e o compromisso da OPEP de reduzir a produção.
Tecnicamente, o crude inverteu a tendência de queda que vinha a registar, tendo inclusivo testado os $58/barril. Apesar de a matéria-prima ter recuado e estar a testar a linha de tendência ascendente de curto-prazo, espera-se que o ouro negro ressalte e volte a subir acima dos $57.
Ouro volta aos $1480, mas espera-se que volte a subir
O metal precioso iniciou a última semana a recuar, à medida que os EUA e a China vão fazendo concessões em algumas medidas de forma a impulsionar as negociações já no próximo mês. O metal ainda registou alguma volatilidade durante o anúncio de que o BCE irá retomar o programa de quantitative easing e após Trump ter anunciado estar disposto a fazer um acordo interino com a China, mas acabou por permanecer em torno dos $1500.
Tecnicamente, como foi mencionado o ouro corrigiu para os $1480, mas prevê-se que esta movimentação seja uma ligeira correção, sendo esperado que o metal precioso consiga voltar a subir e definir um novo máximo relativo, formando uma figura de alargamento. É de notar que uma figura de alargamento geralmente aparece na proximidade do fim de uma tendência, ou seja, caso este teste novo máximos, poderá voltar a recuar e testar novamente os $1480.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.