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IMF – Gbp/Usd com espaço para consolidar

Libra/Dólar falha quebra de importante resistência e aponta a lateralização entre $1.26 e $1.3050. Eur/Usd também consolida após máximos desde 2016. Crude e ouro voltam a perder terreno.

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Após a queda sofrida pelo Gbp/Usd na segunda metade de 2016, em reação ao referendo no Reino Unido, o par atingiu mínimos desde 1986. Contudo, em janeiro começou a desenvolver uma tendência de alta, sustentada tecnicamente nos mínimos relativos cada vez mais altos. Esse movimento continua válido, mas os sinais mais recentes apontam para que o par siga agora numa toada de consolidação.

O Gbp/Usd testou nos últimos dias a importante resistência dos $1.3050, onde já tinha sido rejeitado em maio, voltando a falhar a quebra e a ressaltar em baixa. Não parece assim haver força suficiente para ultrapassar aquela referência, sendo que numa perspetiva de curto prazo, a quebra em baixa do suporte a $1.2900 sugere um regresso a níveis mais "neutrais", em torno de $1.2800. O intervalo entre $1.2600 e $1.3050 poderá assim continuar a limitar o par nas próximas semanas.



Euro/Dólar em consolidação

O Eur/Usd não apresentou uma tendência definida na última semana, com o mercado essencialmente a consolidar após a forte subida no final de junho, até máximos desde maio de 2016.

O Eur/Usd tentou uma correção em baixa, mas esta foi travada ainda acima do suporte dos $1.1280, sendo que tecnicamente muitas vezes a ausência de um sinal de fraqueza constitui um sinal de força. Em todo o caso, o par falhou também a aproximação à zona de resistência dos $1.1450, pelo que o cenário de curto prazo aponta para a continuidade da toada de consolidação no intervalo $1.1280/$1.1300 - $1.1450. Num horizonte temporal mais alargado, continua válido o movimento de alta iniciado em janeiro.



CRUDE regressa às perdas

O crude regressou a terreno negativo, recuando assim pela sexta semana nas últimas sete. Os preços foram pressionados por novo aumento da produção dos EUA, bem como pelas notícias de que a Rússia se opõe a novos cortes por parte da OPEP.

As perdas foram também provocadas por questões técnicas, com o crude a ressaltar em baixa face à rejeição na resistência dos $47.00. Em termos de curto prazo, por agora a queda foi travada nos $43.70, mas é plausível uma gradual aproximação aos mínimos de junho nos $42.00. Em termos de médio prazo, o crude formou mais um máximo relativo inferior nos $47.00, pelo que a tendência principal de baixa permanece intacta.



OURO em mínimos desde março

O ouro acentuou as perdas na última semana, caindo para mínimos desde março. A pressionar o metal precioso tem estado sobretudo a perspetiva de subida de taxas de juros em alguns dos principais bancos centrais, o que aumenta o seu custo de oportunidade.

Tecnicamente, o ouro deu alguns sinais de fraqueza relevantes: quebrou em baixa a trendline ascendente que vigorava desde janeiro, assim como o suporte dos $1215. Nesta altura pode estar iminente um teste aos $1200, com os $1180 como referência seguinte. Uma indicação de correção em alta surge apenas acima dos $1230. Para o cenário de médio prazo importa também notar que o ouro interrompeu o quadro de mínimos relativos cada vez mais altos, neutralizando assim a tendência ascendente.



As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.


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