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IMF – FED manteve taxas; Zona Euro cresceu no 1º trimestre

Japão terá realizado uma intervenção para defender o iene; FED manteve taxas; Zona Euro cresceu no 1º trimestre; Petróleo em queda; Ouro desvalorizou

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| Japão terá realizado uma intervenção para defender o iene

Na última semana, após o Usd/Jpy ter tocado nos 160 ienes (novo máximo de mais de 34 anos), registou-se uma forte e rápida valorização do iene para a zona de 155 ienes/dólar, no que terá sido uma intervenção cambial das autoridades do Japão para defender a moeda. O Wall Street Journal reportou ter fontes que confirmam a intervenção. O mercado já aguardava por uma intervenção por parte do Japão, que tinha avisado nesse sentido, dado que o iene já estava a perder mais de 10% face ao dólar só este ano, apesar da decisão histórica do Banco do Japão de abandonar as taxas de juro negativas no mês passado. Nas últimas três décadas ocorreram algumas intervenções cambiais relevantes por parte do Japão, sendo que a mais recente se deu em outubro de 2022, quando o Usd/Jpy se tinha aproximado dos 152 ienes.

No início da semana passada, o Usd/Jpy tocou, por momentos, nos 160 ienes, renovando assim máximos de 34 anos. No entanto, durante o resto da semana o iene recuperou terreno, levando o Usd/Jpy a cair até encontrar suporte perto dos 152 ienes por dólar.

| FED manteve taxas; Zona Euro cresceu no 1º trimestre

A Reserva Federal dos EUA manteve as taxas de juro de referência inalteradas, como esperado, mas alertou para o fraco progresso em termos de queda da inflação. Jerome Powell, presidente da FED, indicou que após ter iniciado 2024 com 3 meses de inflação acima do previsto, "levará mais tempo do que o anteriormente esperado" para que os membros da FED se sintam confiantes de que a inflação irá descer para a meta de 2%, levando a que a trajetória futura das taxas seja "incerta". Powell acrescentou que, apesar de ter observado uma estagnação no combate à inflação, subidas nas taxas de juro continuam a ser um cenário improvável, dado que a FED acredita que a atual taxa de juro de referência está a exercer pressão suficiente sobre a atividade económica para controlar a subida dos preços.

Numa outra nota, foi divulgado que a economia da Zona Euro saiu de uma ligeira recessão, mas cresceu pouco no 1º trimestre de 2024, reforçando os argumentos do BCE para cortar as taxas na reunião de junho. O PIB da Zona Euro expandiu 0.3%, em cadeia no 1º trimestre (+0.2% esperados) face à revisão em baixa para o 4º trimestre de 2023 de uma estagnação para uma contração de 0.1%. Isto significa que a Zona Euro esteve numa ligeira recessão técnica, definida por 2 trimestres consecutivos de contração, durante o 2º semestre de 2023. Em termos homólogos, o PIB cresceu em 0.4%, (+0.2% esperados e +0.1% no trimestre anterior).

O Eur/Usd transacionou de um modo estável durante a maioria da semana, em torno dos $1.07. No entanto, na sexta-feira, o Eur/Usd subiu rapidamente até renovar máximos de mais de 3 semanas, perto dos $1.0810.

| Petróleo em queda

Na semana que passou, o petróleo registou a sua maior queda dos últimos 3 meses, com os investidores a preocuparem-se com a possibilidade de as taxas de juro altas durante mais tempo poderem restringir o crescimento económico dos EUA (e a nível global). Os preços também foram afetados por preocupações sobre a procura de curto prazo pela matéria-prima.

Na última semana, o preço do petróleo apresentou perdas consecutivas após ter falhado o teste à resistência dos $83.85. Deste modo, o petróleo desvalorizou ao ponto de quebrar em baixa o suporte presente nos $80 e a linha de tendência ascendente (vermelho) até meados dos $78.

| Ouro desvalorizou

O ouro registou perdas pela 2ª semana consecutiva, após a FED ter dado a entender aos investidores que as taxas de juro poderão permanecer elevadas durante mais tempo, depois de diversas leituras dececionantes no que toca ao progresso da instituição na luta contra a inflação.

Ao longo da última semana, o preço do ouro caiu desde o suporte presente pelos $2 325 para meados dos $2 280. Após ter renovado máximos históricos em meados de abril, o preço do ouro tem vindo a corrigir nas últimas duas semanas.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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