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IMF – Eur/Usd recuperou após atingir mínimos de 4 meses

Atividade económica do Brasil acelerou no final do 2º trimestre; Eur/Usd recuperou após atingir mínimos de 4 meses; Petróleo terminou semana sem grande variação; Ouro recuperou parcialmente após mini “flash crash”.

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| Atividade económica do Brasil acelerou no final do 2º trimestre
A recuperação económica do Brasil ganhou tração em junho, à medida que a maior economia da América Latina reabre. O indicador de atividade económica do Banco Central do Brasil, que serve como proxy para o PIB, subiu 1,14% no mês de junho, acima da estimativa de 0,55% dos inquiridos pela Bloomberg. No entanto, a leitura de maior foi revista de -0,53% para -0,55%. Para o segundo trimestre, a atividade aumentou 0,12% em relação ao período de três meses anterior. O índice também subiu 9,07% em junho em relação a um ano antes, informou o BACEN. O Brasil conseguiu recuperar de um surto do Covid-19 no início do segundo trimestre, quando as autoridades locais reimpuseram limites ao comércio depois de os hospitais foram sobrecarregados de doentes. Os analistas preveem agora um crescimento mais rápido nos próximos meses, à medida que o governo procura aumentar as despesas sociais e o programa de vacinação ganha ímpeto. A nível monetário, as últimas semanas têm sido relativamente calmas para o real, com o Eur/Brl a lateralizar entre os 6 e 6,2 reais por euro.

No médio-prazo, o Eur/Brl vinha a apresentar uma tendência de queda desde meados de março, atingindo mínimos de um ano, em torno dos 5,8 reais. Neste nível o par conseguiu ressaltar e desde então tem vindo a lateralizar entre os 6 e 6,2 reais. Os indicadores técnicos não apresentam sinais claros, sinalizando que esta consolidação se poderá manter no curto-prazo.



| Eur/Usd recuperou após atingir mínimos de 4 meses
O início e grande parte da última semana ficou marcado por uma ampla queda do Eur/Usd, para mínimos de quatro meses, em torno dos $1,17. A contribuir para este movimento esteve a robustez do dólar, resultando das expetativas de que a Fed possa vir a anunciar os seus planos para reduzir o ritmo dos estímulos nas próximas semanas. Na quinta e sexta-feira, o euro conseguiu recuperar algum terreno, mas fechando a semana perto de $1,18. A nível macroeconómico, o mercado laboral dos EUA continuou a recuperar, com os novos pedidos de subsídio de desemprego a fixarem-se em 375 mil na semana com término a 7 de agosto, o que corresponde à quarta semana consecutiva de quedas, sendo que na semana anterior tinham sido registados 387 mil pedidos. Em território europeu, a produção industrial da Zona Euro caiu 0,3% em cadeia. A queda na produção deveu-se, em grande parte, ao declínio inesperado da produção alemã que o Eurostat estimou em 1,0% no mês. A queda da Alemanha foi parcialmente compensada por aumentos da produção em França e Itália, de 0,4% e 1%, respetivamente, no mês.

A nível técnico, com as perdas da última semana, o Eur/Usd intensificou a perspetiva bearish que vem a apresentar para o médio-prazo. Mas, no curto prazo, o par segue a testar novamente a linha de tendência descendente (a vermelho) e desta vez existe um pouco mais de otimismo para que o par a consiga quebrar.



| Petróleo terminou semana sem grande variação
Após uma queda semanal de mais de 5%, os preços do petróleo registaram uma variação positiva, ainda que pouco significativa. Apesar de a variação semanal não ter sido muito expressiva, houve bastante volatilidade ao longo da semana. Os preços foram influenciados pelo aviso por parte da IEA de que a propagação das variantes de Covid-19, nomeadamente a "Delta", poderá pesar sobre a procura pela matéria-prima. É de notar que a IEA revelou que o crescimento da procura abrandou acentuadamente em julho e deverá aumentar a um ritmo mais lento no resto do ano. Já a Goldman Sachs acabou por oferecer suporte aos preços no final da semana, ao revelar que não espera que o pedido do governo norte-americano à OPEP+ para aumentar a produção se concretize no curto-prazo.

Tecnicamente, com as perdas das últimas semanas, o crude volta a apresentar uma perspetiva mais bearish para o curto-prazo, seguindo a testar níveis abaixo dos $70/barril. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, apoiam esta perspetiva, sendo esperado que recue até ao próximo suporte dos $65/barril no curto-prazo.



| Ouro recuperou parcialmente após mini "flash crash"
O ouro teve um início de semana bastante atribulado, registando um forte sell-off, que alguns analistas até caraterizam como um mini flash crash. A contribuir para a queda esteve um dólar mais forte a falta de liquidez no atual mês de agosto. Já no final da semana, com a perda de robustez do dólar e o aumento da procura pelo metal precioso em forma física, particularmente por consumidores da Índia e China, levaram o preço por onça a recuperar para torno dos $1770, o que corresponde a uma desvalorização semanal de cerca de 1,5%, o que acaba por ser menos negativo, tendo em conta que recuou mais de 6% no início da semana.

Tecnicamente, com as perdas desta semana, o ouro dissipa ainda mais a perspetiva bullish que vinha a apresentar desde inícios de julho. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, apresentam uma perspetiva mais bearish para o curto-prazo, o que poderá sinalizar que o metal precioso poderá ter dificuldades em superar o nível dos $1800/onça.



As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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