| Importações da China caíram em fevereiro
As importações da China caíram inesperadamente no conjunto de fevereiro e janeiro, com uma queda de 8.4%, em termos homólogos, face ao crescimento de 1% esperado e registado em dezembro. A queda nas importações é observada principalmente em grãos, minérios de ferro e petróleo bruto, e pode estar relacionada à consideração da China de construir reservas estratégicas face às tensões comerciais que se levantaram desde que Trump venceu as eleições. Já as exportações da China cresceram 2.3%, em termos homólogos, bastante abaixo dos 5% esperados e dos 10.7% registados no mês anterior. A dinâmica das exportações tinha sido, até agora, um ponto positivo para uma economia que se debatia com uma confiança fraca, causada por uma prolongada crise da dívida do mercado imobiliário. No entanto, este motor da economia poderá abrandar nos próximos 4 anos, devido às tensões comerciais que têm surgido.

O Usd/Cny apresentou uma semana de queda, voltando a encontrar suporte perto do nível dos 7.2340 yuans e renovando mínimos de finais de novembro de 2024. O par beneficiou de um enfraquecimento do dólar na semana em questão e tem como resistência o nível dos 7.3350 yuans.

| EUA: Nonfarm Payrolls abaixo do esperado em fevereiro
O Relatório de Emprego indicou a criação de 151 mil empregos em fevereiro (Nonfarm Payrolls), nos EUA, abaixo dos 160 mil esperados. Os dados de janeiro foram revistos em baixa de 143 mil para 125 mil empregos. A taxa de desemprego subiu para 4.1% em fevereiro, face aos 4% esperados e registados em janeiro. O crescimento dos salários médios por hora acelerou para 4%, face ao período homólogo, acima da revisão em baixa de 4.1% para 3.9% em janeiro. É de mencionar que este foi o primeiro relatório de emprego completamente sob a direção do Presidente Donald Trump. O mercado reforçou as expectativas de uma manutenção de taxas da FED na próxima reunião (20 de março), passando a atribuir uma probabilidade de 95% (89% antes).

O Eur/Usd apresentou uma semana de valorização significativa, apresentando uma valorização superior a 4.5% ao ponto de renovar máximos de 6 de novembro acima dos $1.0880. Com esta subida, o Eur/Usd ficou perto de anular as perdas acumuladas desde a eleição de Donald Trump como 47º presidente dos EUA. O indicador MACD abriu bastante o seu sinal de compra do par e o Eur/Usd voltou a transacionar acima da sua média móvel a 200 dias.

| Petróleo voltou a recuar
O petróleo perdeu terreno ao longo da semana, sempre penalizado por planos da OPEP para aumentar a produção em abril e pela aplicação de tarifas dos EUA sobre o Canadá, o México e a China, bem como de tarifas de retaliação por parte de Pequim.

O preço do petróleo registou uma semana volátil, iniciando com uma forte desvalorização que o levou a níveis inferiores ao suporte dos $67/barril, renovando os mínimos do início de fevereiro. No entanto, nas últimas sessões da semana, a matéria-prima apresentou uma ligeira recuperação, voltando a transacionar acima desse suporte.

| Ouro com semana de recuperação
O Ouro voltou a recuperar terreno, beneficiando do seu estatuto de ativo de refúgio, mediante as tensões geopolíticas e comerciais registadas ao longo da semana.

Após encerrar a semana passada nos mínimos de 4 de fevereiro, a $2840 por onça, o ouro iniciou a nova semana com uma recuperação, voltando a negociar acima dos $2.900, nível que serviu de suporte à estabilização dos preços.


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