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IMF – Dólar australiano em mínimos de mês e meio.

Aud/Usd desvalorizou mais de 3% no mês de fevereiro; Eur/Usd perde a robustez no tom bullish de curto-prazo; Crude continua a ser influenciado negativamente pela produção nos EUA; Ouro recua pela segunda semana consecutiva.

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Aud/Usd desvalorizou mais de 3% no mês de fevereiro

O Aud/Usd encontra-se em queda desde finais de janeiro, tendo registado uma queda superior a 3%, desde que atingiu máximos de maio de 2015, nos $0.8135. O facto de o Reserve Bank of Australia ter decido manter inalteradas as taxas de juro nos 1.5%, algo que já era esperado, despoletou um "menor interesse" por parte dos investidores na divisa australiana. Apesar das melhorias nas previsões económicas, presentes no último relatório do RBA, o mercado pareceu não ter isso em conta. A instituição reviu a taxa de desemprego em baixa (de 5.5% para 5.25%), apontando para um crescimento da economia acima dos 3% durante os próximos anos. Contudo, a inflação deverá fixar-se nos 1.75% este ano, face ao objetivo de 2% a 3% estabelecido pelo RBA.

A nível técnico, o par quebrou os suportes dos $0.7870 e dos $0.7800. Caso a tendência de baixa registada este mês se mantenha, será espectável que o câmbio venha a testar a barreira dos $0.7730 no curto prazo. No gráfico diário, o RSI de 14 períodos revela níveis overbought ao longo de quase todo o mês de janeiro, sendo desta forma mais fácil entender a queda do Aud/Usd.


Eur/Usd perde a robustez no tom bullish de curto-prazo.

Mario Draghi afirmou que a economia da Zona Euro está a expandir de forma robusta e que a expansão irá ajudar a inflação a atingir os objetivos do BCE, mas permanece preocupado com a "volatilidade cambial". O partido conservador de Angela Merkel (CDU) e os sociais democratas (SPD), alcançaram, esta quarta-feira, um acordo de coligação, mas a pasta de finanças não irá para o líder da SPD, Martin Schulz. O governo dos Estados Unidos, entra em shutdown pela segunda vez este ano, após o congresso falhar a a data limite para votar num novo orçamento.

O Eur/Usd começa a desvanecer ligeiramente o tom bullish no curto-prazo, tendo encontrado alguma resistência em torno dos níveis $1.2400-1.2500, próxima da linha de tendência descendente de longo prazo verificada desde 2008 mencionada na edição anterior. O Eur/Usd deverá negociar neutralmente, entre $1.2100-$1.2500, até que a quebra de um deste limites aconteça ditando a continuidade ou um novo início de tendência.

Crude continua a ser influenciado negativamente pela produção nos EUA.

O petróleo segue numa fase de correção aos fortes ganhos do mês passado. Nos EUA foram ativados mais seis poços na semana passado. A produção dos EUA atingiu na semana passada um novo recorde com 10.25 mbd, passando a Arábia Saudita e aproximando-se da Rússia. Um relatório do EIA projetando que em 2019 os EUA se assumirão como maior produtor mundial de petróleo. O Irão anunciou um plano para aumentar a produção em 700.000 bpd ao longo dos próximos quatro anos. O USD também tem pressionado os preços durante a última semana.

A tendência de curto prazo aponta para baixo e é provável que o petróleo venha a testar o suporte que passa por valores próximos dos $57.90. A quebra deste valor poderá levar a uma alteração no sentimento e levar a liquidação de parte da enorme exposição neste ativo. No caso de recuperação a resistência surge nos máximos recentes a $66.50.

Ouro recua pela segunda semana consecutiva

A cotação do ouro caiu pela segunda semana, atingindo mínimos de um mês nos $1306. Apesar da queda generalizada das bolsas, o "metal precioso", que normalmente é alvo de uma maior procura em alturas de agitação dos mercados, não viu o seu preço aumentar.

A valorização do dólar nos últimos dias, face às principais divisas mundiais, suportada pela expectativa de mais subidas nas taxas de juro do que o esperado, por parte da FED, também não ajudou a incentivar a procura por esta commodity, pelo facto de ela ser cotada em dólares.

A nível técnico, desde que atingiu o pico nos $1365, a cotação do ouro entrou em nível "overbought", tendo em conta o RSI de 14 períodos no gráfico diário, tendo caído desde então. No entanto, o ouro mantém-se ainda acima da linha de tendência positiva de médio-prazo.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.


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