Notícia
IMF – Dólar australiano arrisca agravar perdas
Possível “duplo topo” no Aud/Usd abre espaço a queda mais significativa. Euro/Dólar recua para mínimos de três semanas. Crude e ouro prolongam ganhos.
10 de Abril de 2017 às 09:40
O dólar australiano (AUD) foi uma das moedas com melhor desempenho no primeiro trimestre, chegando a valorizar mais de 7% face ao dólar (USD). Contudo, nas últimas semanas tem estado pressionado, já quebrou em baixa a média móvel de 200 dias, e aproxima-se agora de uma importante zona de suporte ($0.7500). Uma eventual quebra agrava o cenário de curto prazo, ao confirmar a formação de um "duplo topo" nos $0.7750. Este padrão de reversão abriria espaço a uma queda até à zona de $0.7250/$0.7300. Um sinal de correção em alta surge apenas acima de $0.7600.
Em termos de médio prazo, nos últimos 12 meses o Aud/Usd não abandonou o intervalo entre $0.7100 e $0.7800, seguindo assim intacta a tendência de lateralização nesse horizonte temporal.
Euro/Dólar recua para mínimos de três semanas
O Eur/Usd voltou a recuar na última semana, encerrando em mínimos de três semanas. Mario Draghi indicou que o BCE não vê para já necessidade em se desviar da política acomodatícia delineada. Nos EUA, o relatório mensal de emprego não alterou a perspetiva de nova subida de taxas de juro na reunião de junho.
Tecnicamente, o Eur/Usd mantém-se pressionado em baixa no curtíssimo prazo, preparando-se para testar a zona de suporte constituída pelos $1.0600, e pela trendline ascendente traçada desde os $1.0350 – uma eventual quebra deixaria o par vulnerável até à região de $1.0500. Esta toada negativa apenas seria negada acima de $1.0710.
CRUDE prolonga recuperação
O crude deu continuidade aos ganhos e segue agora em máximos de um mês. Os preços foram suportados pelo risco geopolítico, com receios de uma escalada da tensão entre os países do Médio Oriente, que possa ter impacto na produção.
Em termos técnicos, o crude anulou a toada de baixa no curto prazo, quebrando em alta a zona dos $51.00 (suporte anterior e 50% da descida desde $55 a $47.00). O "ouro negro" está de regresso ao intervalo entre $51.00 e $55.00, que prevaleceu entre dezembro e fevereiro, havendo condições para voltar a consolidar nestes níveis. No cenário de médio prazo, segue intacto o movimento de alta, com um sinal de "alerta" a surgir apenas abaixo de $47.20.
OURO em máximos desde novembro
O ouro avançou pela quarta semana consecutiva e já negoceia em máximos desde novembro. O metal precioso beneficiou da maior procura por ativos de "refúgio", em resposta à incerteza em torno do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, bem como ao ataque dos EUA a uma base aérea na Síria.
Tecnicamente, o ouro não só anulou o cenário de formação de um "duplo topo" na zona dos $1260, como deu mais um sinal de força com a quebra em alta dessa referência, assim como da média móvel de 200 dias. No curto prazo, a tendência de alta segue intacta, com a próxima resistência a situar-se na trendline descendente, traçada desde os máximos de julho passado - uma eventual quebra seria mais um sinal de reversão à tendência desenvolvida desde aí. Uma indicação de correção surge apenas abaixo da zona dos $1240.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
Em termos de médio prazo, nos últimos 12 meses o Aud/Usd não abandonou o intervalo entre $0.7100 e $0.7800, seguindo assim intacta a tendência de lateralização nesse horizonte temporal.
Euro/Dólar recua para mínimos de três semanas
O Eur/Usd voltou a recuar na última semana, encerrando em mínimos de três semanas. Mario Draghi indicou que o BCE não vê para já necessidade em se desviar da política acomodatícia delineada. Nos EUA, o relatório mensal de emprego não alterou a perspetiva de nova subida de taxas de juro na reunião de junho.
Tecnicamente, o Eur/Usd mantém-se pressionado em baixa no curtíssimo prazo, preparando-se para testar a zona de suporte constituída pelos $1.0600, e pela trendline ascendente traçada desde os $1.0350 – uma eventual quebra deixaria o par vulnerável até à região de $1.0500. Esta toada negativa apenas seria negada acima de $1.0710.
CRUDE prolonga recuperação
O crude deu continuidade aos ganhos e segue agora em máximos de um mês. Os preços foram suportados pelo risco geopolítico, com receios de uma escalada da tensão entre os países do Médio Oriente, que possa ter impacto na produção.
Em termos técnicos, o crude anulou a toada de baixa no curto prazo, quebrando em alta a zona dos $51.00 (suporte anterior e 50% da descida desde $55 a $47.00). O "ouro negro" está de regresso ao intervalo entre $51.00 e $55.00, que prevaleceu entre dezembro e fevereiro, havendo condições para voltar a consolidar nestes níveis. No cenário de médio prazo, segue intacto o movimento de alta, com um sinal de "alerta" a surgir apenas abaixo de $47.20.
OURO em máximos desde novembro
O ouro avançou pela quarta semana consecutiva e já negoceia em máximos desde novembro. O metal precioso beneficiou da maior procura por ativos de "refúgio", em resposta à incerteza em torno do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, bem como ao ataque dos EUA a uma base aérea na Síria.
Tecnicamente, o ouro não só anulou o cenário de formação de um "duplo topo" na zona dos $1260, como deu mais um sinal de força com a quebra em alta dessa referência, assim como da média móvel de 200 dias. No curto prazo, a tendência de alta segue intacta, com a próxima resistência a situar-se na trendline descendente, traçada desde os máximos de julho passado - uma eventual quebra seria mais um sinal de reversão à tendência desenvolvida desde aí. Uma indicação de correção surge apenas abaixo da zona dos $1240.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.