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IMF – Aud/Usd acumula sinais de fragilidade

Dólar australiano quebra importantes suportes e coloca em causa tendência de alta. Eur/Usd cai para mínimos do ano, crude consolida e ouro continua pressionado.

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A partir de janeiro, o Aud/Usd começou a desenvolver uma tendência de alta, sustentada numa trendline ascendente que atuou como suporte em várias ocasiões. Contudo, já em novembro, o par quebrou em baixa essa linha, o que constituiu a primeira ameaça à tendência principal, que começa já a ser colocada em causa.
Desde aí, o Aud/Usd já cruzou também em baixa as médias móveis de 100 e 200 dias, assim como a zona de suporte dos $0.7450/$0.7500. No curto prazo os sinais de fragilidade acumulam-se, pelo que no imediato o par está vulnerável a um recuo até à zona de $0.7300 – um sinal de correção surge apenas acima de $0.7500/30. Num horizonte temporal mais alargado, o Aud/Usd assume agora também uma toada de maior neutralidade, com a tendência principal de alta a ficar anulada com uma eventual quebra de $0.7140.


Euro/Dólar acentua tendência de baixa
O Eur/Usd prolongou a queda na última semana, recuando para mínimos do ano, abaixo de $1.0600. Mantém-se a perspetiva de subidas de taxas de juro por parte da FED, reforçada após as eleições nos EUA (face ao cenário mais inflacionista que se espera nos EUA). Já o BCE continua a apontar para a necessidade de estímulos monetários.
No cenário técnico, o Eur/Usd acentuou a tendência de baixa no curto prazo ao quebrar as zonas de suporte dos $1.0820/50, bem como dos $1.0710. O par aponta nesta altura a uma gradual aproximação à região dos $1.0500/20. Em termos de médio prazo, a quebra em baixa de $1.0820 interrompe um período de lateralização entre $1.08 e $1.15, que prevaleceu ao longo de quase todo o ano, conferindo assim também ao par um outlook negativo nesse horizonte temporal.


CRUDE segue numa toada lateral
O crude valorizou pela primeira vez nas últimas quatro semanas. O seu comportamento tem estado a ser muito influenciado pelas expectativas para o encontro de produtores da OPEP, onde se espera um acordo para a estabilização dos níveis de produção. A força do dólar vai limitando os ganhos da matéria-prima.
O crude parece ter encontrado, por agora, suporte na zona dos $43.00 (apenas momentaneamente ultrapassados). O "ouro negro" negoceia nesta altura numa toada de neutralidade no médio prazo, onde o intervalo entre $39.00 e $51.60 oferece os principais limites técnicos a ter em conta. Num horizonte temporal mais curto, e após ter falhado a quebra em baixa dos $43.00, o crude não tem oferecido também sinais relevantes de estar a desenvolver uma tendência.

OURO testa importante suporte
O ouro caiu pela segunda semana consecutiva, penalizado pela valorização do dólar e maior procura por ações, mas também pela perspetiva de taxas de juro mais elevadas (aumentando o custo de oportunidade de um ativo sem rendimento como o ouro).
Tecnicamente, o "metal precioso" confirmou rapidamente uma aproximação ao suporte dos $1200. Uma eventual quebra em baixa destes níveis seria um importante sinal de fraqueza para o cenário de médio prazo, deixando o ouro sem novas referências até à zona de $1110. Num prazo mais curto, uma toada de maior neutralidade seria recuperada acima dos $1230.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.


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