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IMF – Ações da Meta caem a pique; BCE voltou a subir taxas

As ações da Meta registaram fortes perdas após resultados desapontantes; O BCE voltou a subir taxas; Petróleo regressou aos ganhos; Ouro não registou variação significativa

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| Ações da Meta cairam 25% após resultados desapontantes

Na última semana, alguns dos "gigantes" tecnológicos norte-americanos apresentaram os seus resultados. A Apple destacou-se pela positiva, mas, de uma forma geral, os earnings das tecnológicas deixaram a desejar, tendo sido a Meta a liderar as perdas. A empresa detentora do Facebook, Instagram, WhatsApp, entre outras, encerrou o terceiro trimestre de 2022 com lucros de $4,4 mil milhões (mM), o que representa uma quebra de 52% face ao período homólogo, abaixo das estimativas de $5,04 mM. Os números divulgados apontam para o facto de a Meta estar a sofrer com a debilidade do mercado publicitário, devido ao abrandamento económico global, como indicado por outras concorrentes. Adicionalmente, a aposta no "metaverso" também se apresenta a penalizar a empresa, continuando a custar milhares de milhões de dólares à empresa em investimento.

A nível técnico, as ações da Meta vêm a apresentar uma forte tendência de queda desde o final de 2021. Recentemente, a cotada recuou até ao nível dos $100 – mínimos de 2016. A tendência é claramente de queda para o curto-prazo, sendo esperado que quebre em baixa o referido nível nas próximas sessões.


| Eur/Usd novamente abaixo da paridade; Economia alemã surpreendeu no 3º Trim.

O Eur/Usd vinha a apresentar ganhos ao longo da última semana, chegando mesmo a níveis acima da paridade. Não obstante, e apesar de ter encerrado a semana com uma variação positiva, o par acabou por corrigir na quinta e sexta-feira, regressando para níveis abaixo da paridade após a reunião do BCE. O BCE foi ao encontro das expetativas e subiu 75 pontos base (pb) as taxas de juro de referência. A taxa de depósitos subiu para 1,5% e a de refinanciamento para 2%. O BCE sinalizou estar interessado em começar a reduzir o seu balanço e "endureceu" as condições dos empréstimos especiais aos bancos, a taxas muito baixas, conhecidos como TLTROs. Estes tinham-se tornado problemáticos após as recentes subidas rápidas das taxas, que permitiram aos credores "estacionar" os TLTRO nas contas do BCE e obter lucros sem riscos. Além disso, a situação estava a provocar escassez de títulos de boa qualidade no mercado por estarem parados no BCE para colateralizar essas operações. Na conferência de imprensa posterior à reunião, Lagarde, indicou que o BCE continuará a subir taxas, mas disse claramente que já houve processos substanciais na retirada da política acomodatícia e que espera um abrandamento económico no resto do ano e no próximo. O mercado interpretou que o BCE irá subir taxas até um nível terminal mais baixo e, por isso, o Eur/Usd perdeu terreno e as taxas fixas recuaram significativamente. Espera-se que as taxas possam subir apenas mais 100 pontos base. Numa outra nota, a economia alemã conseguiu evitar uma recessão no terceiro trimestre de 2022, registando um crescimento surpresa de 0,3% em cadeia, quando era esperada uma contração de 0,2%. Face ao período homólogo, o crescimento foi de 1,2%, acima dos 0,8% esperados. Não obstante, os dados de sexta-feira muito provavelmente serão as últimas "boas notícias" por algum tempo. Enquanto o governo alemão está a conceber subsídios para a maior parte do consumo de gás natural depois de a Rússia ter cortado os carregamentos, o banco central alemão, Bundesbank, prevê que a produção económica irá diminuir "consideravelmente" este Inverno.

O Eur/Usd, após as quedas sucessivas ao ponto de ter renovado mínimos de 20 anos - $0,9537, tem apresentado uma subida ligeira. No entanto, as perspetivas continuam negativas para todo o horizonte temporal, sendo esperado que o próximo suporte se situe na zona dos $0,95, ainda que este seja bastante antigo.


| Petróleo regressou aos ganhos, apesar de lockdowns na China

Os preços do petróleo perderam algum terreno na sexta-feira, após a China ter alargado os lockdowns de contenção de Covid-19 em diversas regiões. É de notar que a China é o maior importador mundial de petróleo, pelo que um aumento dos confinamentos no país resultará numa diminuição do consumo. Não obstante, o ouro negro ainda conseguiu encerrar a semana com uma variação positiva. A contribuir para os ganhos estiveram os receios sobre a oferta, antes do corte pendente das importações russas por parte da Europa.

A nível técnico, o crude encontrou suporte na zona dos $85, de onde acabou por ressaltar. No final da última semana, já se encontrava a testar a zona dos $90, mas ainda não obteve sucesso. Ainda assim, o "ouro negro" apresenta uma perspetiva um pouco mais robusta para o curto-prazo, podendo vir a quebrar o referido nível ao longo da próxima semana.


| Ouro encerrou a semana praticamente inalterado

O ouro ainda registou alguns ganhos no início da semana, contudo, acabou por realizar uma ligeira correção na sexta-feira, resultando com que o saldo semanal fosse praticamente nulo. A contribuir para a pressão no metal precioso estão as expetativas de subidas de taxas por parte da Fed, sendo esperado mais um incremento de 75 pontos base na quarta-feira.

O ouro vem a apresentar uma tendência de queda desde meados de março, apresentando máximos relativos cada vez mais baixos. Recentemente, ainda recuperou algum terreno e até testou a linha de tendência descendente (vermelho). Contudo, não obteve sucesso e espera-se que dê continuidade às perdas no curto prazo.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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